Quem vai a Manaus não deve deixar de observar um dos grandes espetáculos da natureza em nosso país. Nas proximidades da cidade ocorre o famoso encontro das águas dos rios Negro e Solimões.
Saindo do porto da cidade, seja com os grandes barcos turísticos ou com as pequenas “voadeiras”, em direção leste se navega por aproximadamente 40 minutos pelo rio Negro até a confluência dos rios. Onde se observa as águas escuras do Negro correrem lado a lado com as barrentas do Solimões.
Enquanto seguimos pelo Negro é possível observar a diferença entre os voleumes de água na época da cheia e da vazante. Geralmente entre setembro e fevereiro o ria está “secando”.
É realmente impressionante observar os rios que não se misturam por mais de seis quilômetros. Esse fenômeno acontece devido a três diferenças principais entre eles: temperatura, densidade e velocidade das águas de cada um.
O Negro tem uma temperatura de 22º e a velocidade de 2 km/h; enquanto o Solimões tem as águas a 28º, corre de 4 a 6 km/h. A densidade do rio Negro é menor que a do Solimões e ao mergulhar no encontro das águas é possível sentir a diferença entre as duas.
O Solimões, mais quente e mais forte, nasce nos andes peruanos e possui a cor amarronzada por trazer uma grande quantidade de sedimentos desde a usa nascente. Já o Negro nasce na Colômbia e tem águas de coloração escura devido à decomposição de vegetais o que deixa a água mais ácida também.
Observando aquela cena rara, é impossível não sentir vontade de nadar naquelas águas O sol já estava se pondo e a oportunidade era única. Nadar exatamente no encontro dos dois gigantes, com o pôr-do-sol ao fundo, é fantástico. Na água percebemos sentimos a força de cada um e não há como definir essa sensação. É como ser agraciado, ou batizado pela mãe natureza e ao mesmo tempo ser ungido pelo rei sol.
Divulgar para conhecer, alertar para conscientizar!