Dia 16 - COB

28 de Março de 2006


Recompensa
O dia começou cedo hoje, marcamos com o Cleiton e a Celma, nossa guia no dia de hoje, as 08:00 na Internet do Mercado Justo para que pudéssemos atualizar o site antes de partirmos para cumprir o nosso roteiro.
Depois de ajeitar as coisas fomos no carro da Suçuarana em direção ao povoado do Engenho da Comunidade Kalunga. Cerca de 25 Km da cidade.
Os Kalunga são afrodescendentes e remanescentes de sociedades quilombolas da época do garimpo em Cavalcante com uma população de quase quatro mil habitantes, ou seja, mais ou menos metade do município.
Enquanto íamos pela estrada observamos a esquerda na Serra da Nova Aurora a figura de um rosto deitado com a testa, o nariz, a boca e o queixo. Os paredões são muito bonitos e impressionantes.
Cleiton aproveitou o tempo para esclarecer que a área do município compreende quatro vãos, o do Rio Claro, o do Moleque, o das Almas e de Cavalcante propriamente dito. Nos vãos das Almas e do Moleque estão os povoados Kalunga mais característicos e que o Engenho já é um pouco descaracterizado devido à distância muito próxima da cidade.
Já dentro do território Kalunga andamos de carro um bom trecho e depois caminhamos cinco quilômetros até a cachoeira Santa Bárbara. Os últimos metros são dento de uma mata fechada e num primeiro momento avistamos um pequeno poço com uma água verde-esmeralda de cair o queixo.
Seguimos pela trilha até um ponto onde a mata parece se abrir para o grande espetáculo da natureza que é a cachoeira Santa Bárbara. Uma queda de trinta metros em cima de um poço cristalino e com uma variação de tons de verde que eu nunca tinha visto. Um verdadeiro paraíso no meio da mata. Um banho relaxante e merecido depois de uma caminhada no Sol.
Após essa maravilha o Cleiton e a Celma nos levaram a cachoeira Capivara Um, que possui uma trilha de pedras até chegar a um poço lindo.
Nesse poço além do rio Capivara, deságua um outro rio chamado de Tiririca com uma água mais escura devido ao óxido de ferro. Essas duas quedas de água formam uma visão única do lugar.
Ali eu estava sentado admirando a cachoeira até que o cansaço me pegou e fui obrigado a dormir um pouco escorado nas pedras.
Com aquele barulho tão relaxante e a fadiga acumulada de vários dias não foi difícil seguir para o mundo de Morfeu.
Depois que eu retornei do mundo onírico resolvemos ir embora para dar tempo de observar a outra cachoeira. Voltamos de carro novamente até uma outra trilha que nos levou até a cachoeira Ave Maria.
Quando chegamos ao penhasco demos de cara com essa cachoeira que faz jus ao nome. São aproximadamente 110 metros de altura por onde uma água transparente desce por uma parede dourada até onde a nossa visão alcança.
É simplesmente fantástica a forma dessa cachoeira.
Quando voltamos à cidade fomos procurar um lugar para comer. A Celma sugeriu o restaurante Sol da Chapada, e para lá nos fomos.
Só posso dizer que a comida estava maravilhosa e que a minha felicidade foi automática depois que comi a sobremesa.
Agora no final do dia percebo que o desgaste físico de hoje foi muito grande, mas vou dormir tranqüilo por ser agraciado com a possibilidade de me entregar ao sono ao lado de uma belíssima cachoeira. E, além disso, ser presenteado cm sonhos maravilhosos e acalentadores.

Por Diego Beck


Dica do dia: Almoço de primeira e clima amigável você encontra no restaurante Sol da Chapada. Rua João Guilhermino Magalhães, quadra 02, lote 18, Centro, Cavalcante – Goiás.
Grelhados, massas, sanduíches e caldos.
É só procurar pelo Marcelo ou pela Mônica.

Mais informações sobre os atrativos de Cavalcante: www.sucuarana.com.br
Pousada Vale das Araras: www.valedasararas.com.br

Dia 15 - COB

27 de Março de 2006
O Tempo é Relativo

Saímos cedo com o Bagual para Cavalcante, são quase noventa quilômetros para o norte e margeando o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Enquanto viajamos sorvíamos um belo chimarrão e contávamos da nossa sorte de ter conhecido pessoas boas e sinceras por todo o nosso trajeto.
Apesar do cansaço e da saudade todos sabemos dos nossos compromissos e ninguém deseja deixar as coisas pela metade. Então colocamos uma música e seguimos viagem de astral renovado.
Chegando em Cavalcante fomos recepcionados pelo Beto que seria o nosso guia no dia de hoje. Ele nos levou para a pousada Vale das Araras, onde já éramos esperados e fomos muito bem recebidos.
Após nos ambientarmos fomos para o nosso primeiro objetivo aqui em Cavalcante, a famosíssima Ponte de Pedra, um vão natural de pedra formado pela erosão causada pelo rio São Domingos. A ponte possui quase trinta metros de altura e se encontra na divisa do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Quando chegamos à propriedade do Sr. Horley, onde fica a Ponte de Pedra, fomos apresentados a ele que demonstrou uma grande preocupação com a situação da entrada norte do PNCV.
O Sr. Horley esclareceu que a sua propriedade se trata de uma área de preservação, de conscientização e educação ambiental. Principalmente voltada para a saúde.
Ele realiza um trabalho denominado “Jornada de Saúde” de caráter preventivo e educativo, onde os interessados realizam diversos exercícios terapêuticos alternativos em convívio com o meio ambiente do cerrado.
Após nos explicar sobre esse seu trabalho, nos liberou para seguir a trilha em companhia de um funcionário seu chamado Nezinho. Seguimos de carro até um certo ponto e depois começamos a caminhada de cinco quilômetros até o Mirante da Ponte de Pedra.
O início da trilha é bastante íngreme e o cansaço dos dias anteriores começou a agir até que começamos a nos distanciar. Eu seguia de perto o Nezinho, enquanto o Germano e o André acompanhavam o Beto um pouco mais para trás. Em dado momento enquanto observava o ritmo contínuo do Nezinho e com muito suor pelo rosto entrei numa viagem delirantemente regressiva.
Imaginei-me como um antigo africano seguindo um espírito andarilho dos bosques chamado de zambi. Era como se aquele passo ritmado associado ao calor me fizessem visitar outras esferas do tempo.
Por um longo trecho eu senti essa sensação até que o Nezinho resolveu dar uma parada para esperar os outros. Nesse momento ele me contou que era calunga e que estava há pouco tempo trabalhando com o Sr. Horley. Essa informação me fez pensar na viagem que eu tinha feito e imaginar que não fosse somente coisa da minha cabeça, que talvez já tenha acontecido em outro tempo e lugar.
Continuamos a subida pela trilha de quartzo branco até avistar a Ponte de Pedra com o rio passando por baixo. O lugar é muito bonito e por si só já valeria a caminhada. Mas o melhor anda estava por vir.
Um pouco, mas acima está o mirante, a mais ou menos 1100 metros, onde podemos observar o vão do Rio Claro para um lado e para o outro a Cachoeira da Ponte de Pedra.
Sentados lá no alto podemos sentir uma paz, e uma sensação de que o tempo não conta para nada ali. Enquanto curtíamos aquele momento único de contemplação como se fosse um instante parado no ar, não percebemos a aproximação de uma nuvem de chuva.
Resolvemos então começar a voltar, mas não conseguimos escapar da chuva. Nos dois últimos dias o Sol não tem aparecido por completo. Será que ele cansou também?
Quando retornamos à cidade conhecemos o Cleiton da Suçuarana que nos explicou como seriam os próximo dias e nos indicou um bom lugar para o merecido almoço. O restaurante Dona Joana tem um buffet de comida caseira muito gostosa.
Depois do almoço o fato mais marcante é que aquela imagem de outro lugar que surgiu na minha mente permaneceu tilintando na cabeça. Fico pensando que estar nessa região talvez seja a proposta de algum resgate anterior. Ou então o que aconteceu seja apenas uma miragem causada pela falta de sais minerais.
Talvez eu descubra nos próximos dias.



Por Diego Beck


Dica do dia: Quer um almoço bastante diversificado vá ao Restaurante Dona Joana. Na rua do Dendê número 68. É só falar com o Max que você será bem atendido

Dia 14 - COB

Pela manhã antes de sairmos em direção ao rio dos Couros, descobrimos que teríamos a companhia da Ana Rosa e de seu marido Enzo. Enquanto nós usaríamos a D-20, que apelidamos de Bagual, os dois usariam uma Ipanema.
Para chegar ao destino é necessário passar por uma longa estrada de chão. Tudo ia muito bem, o Germano havia tirado fotos de alguns animais e de uma figueira estranguladora em plena ação. Foi quando chegamos em um certo ponto da estrada onde é muito comum alguns carros atolarem e avistamos exatamente a Ipanema em uma situação lamentável.
Prontamente descemos do Bagual é procuramos uma maneira de tirar o carro do atolamento. O jeito foi amarrar uma corda nos dois veículos e puxar a Ipanema para fora do barro. Quando já estávamos quase comemorando observamos que ao livrar um carro atolamos o outro. E desatolar o Bagual seria muito mais difícil.
Enquanto tentávamos inutilmente soltar o pneu da D-20, a Ana Rosa e a Ana Lídia foram buscar ajuda para livrar o Bagual.
Depois de uma meia-hora elas voltaram com dois senhores do acampamento de assentados do INCRA. O Sr. Gelson e o Sr. Benedito, que com muita paciência e experiência nos ensinaram a fazer uma alavanca de troncos e calçar o pneu com pedras em baixo e depois em uma ação conjunta empurrarmos o carro para frente.
Após conseguirmos soltar o Bagual seguimos para as cachoeiras do rio dos Couros, que leva esse nome devido a um antigo curtume de couro de veado da região. Ao chegar no início da trilha de caminhada para o rio desabou a maior chuva e prejudicou a nossa intenção de tirar fotos do local. Decidimos abortar a missão e buscarmos uma alternativa para captar algumas imagens, escolhemos então a cachoeira de São Bento que se tem acesso pelo Portal da Chapada. Mais uma tentativa frustrada, pois no local fomos informados que a cachoeira estava muito chia e não era permitido o banho.
Havia chovido na cabeceira do rio e triplicado o volume de água que descia na cachoeira. Percebemos que o dia de hoje estava destinado para alguma outra atividade diferente da nossa rotina na expedição.
Já eram quase 16:00 quando fomos almoçar no Rancho do Waldomiro para saborear aquelas delícias tropeiras novamente. Quando começamos a comer começou a chegar outros clientes e aí foi à parte mais legal do dia. Pernambucanos, Brasilienses, Baianos e Gaúchos começaram uma integração que resultou em uma infinidade de piadas e histórias que descontraíam demais o ambiente.
Lembro de ter pensado como a cultura brasileira é tão rica e diversificada e talvez seja isso que nos dê uma identidade, muito mais que a nossa língua portuguesa.
Começamos a nos despedir já pensando em arrumar as malas, pois amanhã cedo rumamos para Cavalcante, onde outras peculiaridades da nossa cultura nos esperam. Mais uma peça desse grande quebra-cabeça.

Agora algumas considerações:
Alto Paraíso é uma cidade propícia para o ecoturismo, visto que sua população tem uma consciência ecológica muito desenvolvida, e a natureza local é exuberante, com centenas de atrações dentre cachoeiras, vales, serras e fazendas. Também é lugar de pessoas amigas e sinceras.
Um agradecimento especial para a Ana Rosa, que com a sua bondade nos possibilitou estar em Alto Paraíso, a Noraney por sua atenção e cuidado, e também a Ana Lídia, nossa guia, por sua paciência, profissionalismo e amizade. Viva a equipe da ECOROTAS.
Um muitíssimo obrigado ao João Luís proprietário da Pousada Camelot que nos abrigou com todo conforto e prestimosidade. Um abraço a todos os funcionários da pousada que nos ajudaram muito no dia a dia.
A equipe do Ecojonada agradece também ao Dr. Pedro e ao Luciano (IBAMA) pela força no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros;


Por Diego Beck


Dica do dia: Conhecer o Brasil e enxergar em cada brasileiro um pouco da nossa história e de nós mesmos.

Mais informações sobre os atrativos de Alto Paraíso: www.ecorotas.com.br
Pousada Camelot: www.pousadacamelot.com.br

Dia 13 - COB

Como não estamos mais com um veículo 4x4 alguns locais foram trocados do roteiro. Hoje iríamos para o rio Macaco, mas acabamos substituindo pelo rio Macaquinho e deixando para o último dia o rio dos Couros.
As 09:00 rumamos para a propriedade do Sr. Fausto no município de São João da Aliança, onde conseguiríamos acesso às cachoeiras do rio Macaquinho. Na estrada passamos pela Serra do Paraná e estivemos em um lugar chamado de Janela, onde temos uma vista privilegiada da Serra Geral do Brasil e da divisa entre Goiás e Bahia e Minas Gerais. A brisa e a serenidade do local jamais serão esquecidas por qualquer um de nós. Sentados a beira do abismo buscamos no infinito do horizonte as respostas para as dúvidas da alma.
Chegando na propriedade, denominada Santuário das Pedras, conversamos com o Sr. Fausto que nos revelou uma grande preocupação com a má fé sobre as imagens feitas no local. Depois que o André esclareceu bem do que se tratava o nosso projeto ele se tranqüilizou e permitiu a nossa estada na sua propriedade.
Como queríamos aproveitar a luz incidindo de frente para as cachoeiras, andamos rápido acompanhando o rio e percebemos a belíssima cor verde-esmeralda da água e ficamos ansiosos para fotografar e nos refrescar.
A Cachoeira dos dois Saltos é a ultima da trilha e faz jus ao nome, possui duas quedas enormes que descem a um poço profundo ótimo para tomar banho. Fizemos alguns registros por ali e resolvemos retornar pela trilha para aproveitar os outros pontos interessantes.
A próxima cachoeira é na minha opinião a mais bonita das que visitamos, é chamada de Cachoeira da Caverna porque possui uma gruta no paredão lateral. É um lugar especial onde podemos observar a cachoeira de frente, relaxar e transcender o próprio pensamento.
Voltando pela trilha chegamos ao Poço Sereno, que possui um toboágua natural com a queda em um poço de água bem verdinha. Depois que estivemos ali entendemos o seu nome. O lugar permite um belo descanso nas pedras a beira de uma água refrescante e revigorante.
Quase no começo da trilha está o Banho dos Macacos que fornece uma série de hidromassagens para todos os gostos, um merecido relaxamento para os músculos bastante exigidos no caminho.
Fomos embora do Santuário das Pedras quase de noite e só posso dizer que o lugar é lindo e todos que vierem a Alto Paraíso devem ir as cachoeiras do rio Macaquinho. Nessa trilha pudemos experimentar o sentimento de ser parte constituinte da própria natureza.
Quando chegamos em Alto Paraíso decidimos comer comida italiana e fomos ao restaurante Massas da Mama, onde nos receberam muito bem e com uma deliciosa comida. Um verdadeiro manjar dos deuses.
Hoje vou terminar com uma frase que estava no mural do Santuário das Pedras e que definem muito bem o nosso sentimento ao retornar para a pousada:

“Abençoados são aqueles que permitem a si mesmos serem contagiados com a festividade, com o amor, com a paz, com o silêncio e a celebração.”.


Por Diego Beck



Dica do dia: Quer saborear uma boa massa. É só passar no restaurante Massas da Mamma na rua São José Operário 305, Alto Paraíso, Goiás.
Fone: (62) 34461362.

Mais informações sobre os atrativos de Alto Paraíso: www.ecorotas.com.br
Pousada Camelot: www.pousadacamelot.com.br

Dia 12 - COB

Hoje acordamos cedinho, pois o roteiro indicava dois esportes de aventura muito aguardados por nós: o Cascading e o Arvorismo. O primeiro é uma descida de rapel em meio a uma cachoeira e o outro uma trilha de desafios na altura da copa das árvores.
Nos encontramos com o Gudu da Travessia Ecoturismo que iria nos auxiliar na descida da Cachoeira Água Fria. Quando chegamos ao local havia um outro grupo descendo na cachoeira e tivemos que aguardar um pouco. Essa espera só serviu para aumentar a ansiedade que todos tinham. Nem Germano, nem eu tínhamos feito rapel e isso fazia a adrenalina aumentar ainda mais.
Quando comecei a descer senti meu coração bater mais forte e a emoção foi crescendo juntamente com uma alegria arrebatadora. A água que caia batia no capacete e produzia um som tão agradável ao mesmo tempo que refrescava até a minha alma.
Nos primeiros metros estava um pouco receoso, mas depois a tranqüilidade foi tomando conta e a sensação era de uma liberdade quase inexplicável. Uma vontade de permanecer ali e curtir aquela água maravilhosa. Em dado momento eu já estava até brincando e experimentando outros movimentos, o que tornava a descida ainda melhor.
No final da cachoeira o sentimento é de uma felicidade tão grande que desejamos uma cascading ainda maior para que possamos desfrutar dessas sensações por mais tempo.
Depois desse momento inesquecível fomos para o Portal da Chapada para o arvorismo, um esporte que nos faz voltar a ser criança e brincar em cima das árvores.
Saliento que a estrutura preparada pelo pessoal da Travessia Ecoturismo é fantástica, prioriza a segurança e o conforto para que todos possam fazer o circuito com confiança.
No final do percurso está o grande prêmio, uma tirolesa de oitenta metros que é divertimento puro. O melhor do arvorismo é o fato de podermos abandonar as preocupações do cotidiano, voltar no tempo e realmente soltar nosso espírito de menino.
Ao final da tarde fomos convidados a ir até a OCA tomar um café e conhecer um pouco dos projetos dessa ONG. Foi com grande satisfação que aceitamos o convite e ficamos felizes em saber mais do funcionamento dessa instituição.
A Oficina de Ciências e Arte é uma entidade sem fins lucrativos que se dedica ao desenvolvimento de projetos junto à comunidade local e à criação e gerenciamento de áreas de proteção ambiental.
A ONG faz um trabalho muito interessante, procura conscientizar crianças carentes sobre o cultivo da terra e propõe um aprendizado voltado a plantas e árvores nativas. Esse projeto gerou inclusive uma parceria com UNESCO.
A OCA também apóia e procura integrar grupos étnicos da região como a comunidade Kalunga e as tribos Xavante e Krahô. E mais outras inúmeras atuações em busca de uma sociedade melhor e uma vida mais tranqüila e simples.
Nossa equipe gostaria de agradecer hoje ao pessoal da Travessia Ecoturismo, o Estevão (Gudu) e o Acauã, e também ao Dene da Alternativas; pelo apoio dado no Cascading e no Arvorismo.
Hoje foi um grande dia nessa expedição, percebi que posso ir além de mês limites e ainda relaxar e gozar o momento. Descer a cachoeira parecia muito difícil, mas ao final descobri que o nosso desejo pode acessar outras sinapses que espantam o medo.
Hoje eu venci, em outros momentos posso perde, mas a idéia é exatamente esta. Vivenciar até onde podemos ir em cada instante. Se mantivermos uma linha contínua e estática na nossa vida é sinal de alguma coisa anda errada.

Por Diego Beck




Dica do dia: Nesse texto há muito pouco espaço para falas da OCA. Então a dica é acessar o site www.ocabrasil.org.br e conhecer a multiplicidade de atividades dessa belíssima ONG.

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Dia 11 - COB

Hoje fomos cedo ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros para seguir a trilha dos cânyons em direção ao Cânion 2 e depois para a Cachoeira das Cariocas. O caminho tinha piso recheado de cristais de quartzo e era cercado por plantas como: Canelas de Ema, Candombás e Chuveirinhos.
Por um momento me senti em uma aula de geografia do primeiro grau quando estudávamos a vegetação brasileira vendo imagens de plantas e cenários que só agora pude observar de perto.
Não é a primeira vez que sinto isso, em todas as viagens que faço acontece um momento como esse, é uma sensação de realização e de merecimento ao mesmo tempo.
Quando chegamos a cânion nos deparamos com uma formação rochosa rasgada pelo rio Preto que passa em uma velocidade impressionante deixando paisagem com uma magnitude única.
Nesse lugar entramos em contato direto coma energia das pedras e das águas, que nos faz um convite à contemplação ou a um descanso embalado pelo som que sai do cânion.
Depois de uma parada merecida para um banho refrescante e um lanche, partimos em direção a Cachoeira das Cariocas.
A trilha no final é um pouco mais íngreme, mas ao olharmos a cachoeira de frente percebemos que valeu a pena a caminhada. As piscinas naturais são a melhor para ma relaxamento depois da jornada de cinco quilômetros. Enquanto que as hidromassagens servem para aliviar os músculos cansados pela trilha.
Em um momento da tarde o nosso companheiro Sol mostrou a sua força e jogou sua luz na frente da cachoeira criando um mosaico de matizes que faria qualquer fotógrafo enlouquecer. O azul do céu se tornou tão intenso, enquanto que o reflexo dos raios solares faziam brilhar as águas do rio e as pedras da cachoeira adquiriram uma tonalidade mais quente. O quadro estava montado e o Germano e o André se aproveitaram dessa dádiva para registrar as fotos com as cores mais vivas da nossa expedição.
Eu mesmo fiquei visualizando toda a beleza do local naquela hora captando todas aquelas cores que enchiam a minha mente de imagens quase surrealistas. Em outros momentos fechei meus olhos para sentir a energia de tudo a minha volta e toda a minha percepção se alterava. Era como se toda a vida do planeta se transformasse em um único ser que me tocava e abraçava inebriando meus pensamentos. A felicidade tomou conta de mim e me senti mais vivo que nunca.
Na volta para a cidade resolvemos passar antes nas águas termais para conheceremos e abaixar um pouco a adrenalina do dia. Saímos de lá descansados, mas famintos e decidimos comer em Alto Paraíso.
Fizemos mais uma escolha certa indo à pizzaria vegetariana Oca Lilá, onde tivemos uma janta deliciosa em companhia da Ana Rosa e da Noraney. Nada melhor para fechar o dia.
Gostaríamos de fazer um agradecimento especial ao Dr. Pedro Bignelli, chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e ao pessoal do IBAMA: Luciano Machado, Yure Hander e Welk Zedek pelo apoio e ajuda nas visitas ao PNCV.
Também vai um obrigado e um abraço ao Chicão do TRF, valeu menino novo, meia água.


Por Diego Beck




Dica do dia: Quem deseja uma comida mais alternativa e saborosa o endereço é Av. João Bernardes Rabelo 449, na saída para o moinho. A Oca Lila possui culinária vegetariana e tem buffet e lanchonete na hora do almoço e pizzaria e lanchonete para a janta.
Fone (62)34461006

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Dia 10 - COB

Ontem tivemos que diminuir o roteiro em virtude da falta de tempo e acabamos não indo à Raizama e à Morada do Sol. Em compensação hoje estávamos mais descansados pela manhã para o primeiro dia de visita ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Antes da 08:30 entramos no parque para conversa com o Dr. Pedro, chefe do PNCV, e entregar-lhe os documentos exigidos para a visitação.
Pegamos a trilha dos saltos entre a Serra de Santana e a Serra do Abismo que leva ao vale do rio Preto. Esse rio é praticamente a coluna do parque porque o atravessa de norte a sul no meio da região.
A trilha no princípio um tanto fechada vai aos poucos revelando a beleza do vale com o rio lá embaixo com uma cor bem escura devido à quantidade de óxido de ferro contido nas rochas.
Como esperávamos a Chapada dos Veadeiros começou a mostrar toda a sua beleza. Enquanto descíamos a imagem ficava ainda mais bela e era impossível não ficar alguns segundos parado para admirar a paisagem.
Quando chegamos ao mirante do Salto do Rio Preto ficamos pasmos com a sua imponência de 120 metros de altura. A água forte caindo no ar até um poço escuro lá embaixo nos hipnotizava a tal ponto que se ficássemos muito tempo olhando a queda d’água e depois virássemos os olhos em direção a serra tínhamos a impressão de que tudo se mexia.
Seguindo pela trilha subimos em direção a Cachoeira do Garimpão, fomos beirando o rio até darmos de frente com uma belíssima cachoeira de 80 metros. A água descia tão forte que formava uma cortina de gotículas rente aos paredões. Essa cortina vinha na nossa direção quase numa espiral e nos envolvia de uma maneira alucinante; ao mesmo tempo refrescante e transcendente. Por um bom tempo fiquei ali refletindo como se aquele espiral nos induzisse a busca de um entendimento maior sobre todas as coisas da vida.
Depois da seção de fotos e filmagem aproveitamos para nos refrescar no rio Preto e curtir um pouco mais dessa cachoeira.
Após o merecido descanso, começamos a subir em direção as corredeiras, pegamos a trilha de volta em um trecho onde o chão era forrado com cristais de quartzo. Com sua cor esbranquiçada refletia luz do Sol e iluminava ainda mais o nosso caminho. A sensação era a de andar em um caminho especial e energizado. Chegando nas corredeiras mais uma vez fomos surpreendidos; o som e a cor da água compunham um espetáculo de rara beleza para uma adequada contemplação.
Assim terminou a nossa primeira estada dentro do parque. Mais uma vez agradecidos pela presença do Sol, o nosso quarto membro da equipe, que juntamente com mãe natureza nos presenteou essa aquarela do dia de hoje.
Na saída resolvemos almoçar uma comida típica e a nossa guia nos levou ao Rancho do Waldomiro. Lá conhecemos o proprietário, uma pessoa fantástica, extremamente simpática e carismática.
Enquanto conversávamos com o seu Waldomiro ele nos deu uma “provinha” dos diversos tipos de cachaça eu ele mesmo produz. Após nos apresentou alguns pratos típicos dos antigos tropeiros. Entre eles a Matula e a Carne de Lata, o primeiro feito com quatro tipos de carne feijão e o outro uma carne cozida e depois guardada em uma lata com banha para preservá-la em bom estado.
Com certeza a parte mais difícil é tentar descrever o aroma e o sabor desse almoço maravilhoso que tivemos, por isso não vou nem tentar e só vou deixar a sugestão de que procurem conhecer esse tipo de culinária.
Como já suspeitávamos ontem a Chapada mostrou a sua cara, o encontro da serra com o rio formando um cenário de encher os olhos. As trilhas que se abrem em mirantes magníficos e a sensação de calma e relaxamento com o som das cachoeiras. A Chapada tem muito para nos mostrar e hoje tivemos a prova disso.

Por Diego Beck




Dica do dia: Quer conhecer o sabor da Matula, da Carne de Lata e da Passoca. Passa lá no Rancho do Waldomiro na beira do Morro da Baleia. Conheça essa figuraça e se alimente muito bem.
Rodovia GO 329, Quilômetro 18 entre Alto Paraíso e São Jorge, Goiás.


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Dia 9 - COB

Após uma noite ótima de descanso na maravilhosa Camelot, acordamos cedo para o vôo de monomotor sobre a Chapada. O Germano e o André seguiram com os pilotos Gustavo e Anderson para essa grande emoção. Os dois me confessaram que sentiram uma energia diferente, Gemano chegou a se imaginar como Deus admirando sua obra.
Enquanto comentávamos obre essa experiência, voltamos para a pousada para o devido e delicioso café. Já nos esperava a nossa guia, Ana Lidhya, que nos acompanharia na nossa caminhada pelo Vale da Lua.
O Vale da Lua possui uma formação rochosa, que devido à erosão causada pelo rio São Miguel, traz um aspecto de paisagem lunar, daí o seu nome. O lugar realmente espanta com sua pedra arredondadas e escorregadias, enquanto caminhamos pelo vale observamos as fendas nas rochas e a água passando lá embaixo. Isso já dá uma idéia de como a água trabalha e constrói o seu legado.
Conforme a luz bate nas rochas vemos um certo brilho que ilumina o vale e a todos. É realmente muito forte o eu sentimos nesse lugar, a energia dos minerais nos alimenta e revigora.
Depois do Vale da Lua fomos a São Jorge conversar com o chefe do Parque Nacional da chapada dos Veadeiros, mas ele não estava e deixamos para amanhã. Na volta almoçamos no restaurante Buritis e foi um espetáculo assistir a massa ser preparada a nosso gosto pelo proprietário e cozinheiro Messias.
No almoço combinamos de assistir uma palestra do fotógrafo Eduardo Issa, que tem um projeto sobre os parques nacionais na entrada do Parque nacional da Chapada dos Veadeiros. O evento ocorreria as 18:30.
Ao voltar para a pousada paramos para observar algumas formações do parque. O morro da baleia, o morro do elefante, o do chapéu chinês possuem esses nomes devido aos formatos que possuem.
O Jardim de Maytrea é o mais curioso, uma vereda cercada por uma palmeira de nome Buriti onde uma antiga seita chamada Cavaleiros de Maytrea faziam seus rituais em louvação a Maytrea, o deus do terceiro milênio.
No fim de tarde fomos a tal palestra que estava interessante, porém estávamos muito cansados e por isso coletamos alguns dados para o nosso próximo projeto e resolvemos ir descansar..
Nesse primeiro dia a Chapada se mostrou tímida para nós, mas deixou um fio de expectativa que essa belíssima primeira visão trouxe junto. O encontro do verde com as escarpas são muito impressionantes de tão belos.
O pouco que vimos foi o suficiente para viajarmos e imaginarmos o que está por vir. Todos estão pasmos com a beleza da chapada e felizes por seguir o caminho mesmo com dificuldades.
Afinal se a natureza demorou milhões de anos para trazer a tona esse grandioso cenário, o que são poucos dias de trabalho duro e pequenos imprevistos para que terminemos o nosso projeto que tende a trazer grandes frutos também.
Acho que não custa usar a paciência um pouco pra melhor formatar uma idéia e depois conseguir alcançar o nosso objetivo.

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Por Diego Beck




Dicas do dia: A melhor massa de São Jorge é a do Bar e Restaurante Buritis. Com um serviço altamente especializado o proprietário Messias deixa todo mundo de água na boca.
Fone: (62) 34551058 / 92992996
A segunda dica é ser bem agradecido. Por isso vai um muito obrigado ao Ronaldo do Aeroclube de Brasília, que indicou o Gustavo e o Anderson para serem os pilotos que nos levariam para o sobrevôo da Chapada.


Mais informações sobre os atrativos de Alto Paraíso: www.ecorotas.com.br
Pousada Camelot: www.pousadacamelot.com.br

Dia 8 - COB

O dia de hoje sem dúvida foi o mais cansativo, as viagens de avião são mais rápidas, porém desconfortáveis. Nós dormimos, mas quase não descansamos.
O pior é essa sensação de que não havia necessidade de todo esse transtorno. Sair de Campo Grande em direção a São Paulo, esperar duas horas e embarcar para Brasília nos tomou muito tempo. E depois ainda mais três horas de carro até Alto Paraíso.
Bom, vou deixar as lamentações de lado porque “nada é por acaso” como diz o André. Aliás, a nossa história começa com o André ainda atrapalhado com o fuso e tentando acordar eu e o Germano dizendo que já eram 09:20, sendo que na realidade eram 08:20. Obviamente ele foi vaiado e nos deixou dormir. Quando chegarmos em Alto Paraíso ao teremos mais esse problema porque o horário é o mesmo de Porto Alegre.
Após o café arrumamos as malas, chamamos um táxi e rumamos para o aeroporto. Quando chegamos lá encontramos o Alessandro, camarada que nos deu carona no dia anterior, ele também estava embarcando para São Paulo.
Em seguida todos aqueles tramites de viagem aérea: check in, cartão de embarque, detector de metais, aeronave e tentativa de dormir. Quem já viajou de avião sabe do que estou falando.
Em Congonhas despedimo-nos do Alessandro com a certeza de que um dia vamos reencontrá-lo e lembrar da cena hilária do dia anterior.
Resolvemos fazer o check in logo para não ficarmos carregando todas as bolsas, para depois comer alguma coisa e jogar um truco para passar tempo. Entramos para a área de embarque e quando estamos na frente do portão, o André não conseguia encontrar o seu cartão de embarque e saiu correndo para buscar outro. Enquanto ele saia desesperado eu localizei o cartão dentro de uma revista que ele carregava.
Tentamos avisar pelo celular,mas ele só atendeu depois eu já havia pego a segunda via. Assim esperamos calmamente para registrar o momento em que ele soubesse que eu tinha achado o tal cartão. A cara que ele fez foi muito engraçada e serviu para a gente dar uma descontraída.
Entramos no avião e o cansaço era tanto que capotamos, eu particularmente não vi nem o avião decolar.
Em Brasília recebi uma ligação do Dill para me felicitar pelo mergulho no rio Formoso o que foi muito legal. Depois ele falou com o André e o Germano também e eu acho que ele estava muito feliz. Saímos no saguão do aeroporto e já nos esperava a Noraney, irmã da Ana Rosa que é a nossa anja da ecorotas, para nos levar a Alto Paraíso.
Na estrada pensei bastante sobre o dia de hoje, refleti que talvez essa quebra no ritmo tenha sido proveitosa.No sentido de avaliar as coisas boas que vivenciamos nessa última semana e como isso vai influenciar a nossa vida de agora em diante. É importante que paremos um pouco para escutar o nosso corpo, perceber como ele está reagindo a todos esses estímulos.
Ouvir o coração e reavaliar as idéias também são coisas necessárias para um bom andamento de um projeto. Quem sabe não nos foi propiciado um tempo para isso.
As respostas para as questões levantadas podem surgir amanhã, mais tarde ou até mesmo nunca. Talvez até mesmo essas perguntas daqui um tempo não façam o menor sentido.
O que fica desse período turbulento é o alto astral da equipe na forma como encaramos os problemas e também a positividade na maneira de enxergar o que está por vir. Nesse ponto a nossa equipe está de parabéns por não deixar a peteca cair.
Afinal para que se preocupar tanto se amanhã estaremos no paraíso e em Camelot!!!!

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Por Diego Beck




Dica do dia: Confiar na vida acima de tudo. Pois como eu já disse em outras oportunidades ela sempre dá um jeito de mostrar o seu poder.



Mais informações sobre os atrativos de Alto Paraíso: www.ecorotas.com.br
Pousada Camelot: www.pousadacamelot.com.br

Dia 7 - COB

Ontem um pouco antes de irmos para a pousada resolvemos passar na Dive Bonito para averiguar se o Nascimento não poderia nos indicar alguma maneira de chegarmos a Campo Grande. E para a nossa surpresa e gratidão ele rapidamente conseguiu espaço em uma van que partiu de Bonito as 07:00.
Em Brasília já conseguimos um veículo que nos levará a Alto Paraíso e Cavalcante também já providenciamos as passagens de avião (infelizmente) para Porto Alegre. Só nos resta resolver como faremos o trecho entre o Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.
A Clara passou a noite na pousada e foi embora hoje, quando saímos de Bonito passamos por ela na estrada. Os motivos que fizeram com que ela desistisse do projeto são de ordem pessoal e ele preferiu não escrever sobre o que a fez tomar tal decisão.
Saímos no horário marcado de Bonito e chegamos em Campo Grande por volta do meio-dia, éramos esperados para almoçar por Ari, um amigo nosso de outras viagens passadas.
A van nos deixou no aeroporto e lá mesmo tentamos conseguir um carro e um motorista que nos levasse até Brasília. O Elton, taxista de Bonito, estava esperando dois passageiros no aeroporto e nos indicou uma pessoa que poderia nos levar. Acertamos tudo e fomos para a casa do Ari almoçar.
Pedimos um táxi e quando o motorista fechou o porta-malas, o alarme disparou e por 10 quilômetros seguiu tocando na avenida Afonso Pena até a casa do Ari. Lá fomos recebidos com um belíssimo churrasco e um verdadeiro almoço em família. A harmonia e a sintonia entre Ari, Odila, Ana Carolina e Gustavo demonstradas para nós foi como um presente. Foi como uma dádiva, foi a prova concreta de que a energia positiva nos leva a seguir em frente.
Realmente era algo do que precisávamos, um abraço acolhedor de amigos para acalentar os nossos corações. Enquanto estávamos almoçando nos chamou a atenção às nuvens de chuva que criaram um arco-íris divino que terminava na direção de Goiás. Será que o pote de ouro estará em Alto Paraíso?
Depois Ari nos deu carona para o aeroporto para acertarmos o aluguel do veículo. Para a nossa surpresa quando ligamos para o motorista que iria nos levar ele cancelou o acordo. Isso nos deixou preocupados e começamos a buscar alternativas. Ligamos para a rodoviária, falamos com taxistas, com companhias aéreas e já estávamos perdendo as esperanças quando uma menina que trabalha na BRA apareceu e abriu o seu guichê. Vanessa era o seu nome e foi ela quem conseguiu as passagens aéreas mais baratas para nós três.
Resumindo a história, saímos de Campo Grande as 11:25 e chegamos em São Paulo as 13:53 e embarcamos para Brasília as 16:55 e a hora da chegada é as 19:45.
Após o acerto ficamos muito contentes e começamos a brincar e rir muito até nos lembrarmos que não tínhamos onde dormir. E não é que a sorte nos sorriu de novo. Dois caras que estavam no guichê da BRA ofereceram uma carona para um hotel que fosse barato. Alessandro Abreu e Edvaldo Júnior olharam as nossas tralhas, se compadeceram e resolveram nos ajudar. Pensei eu que eles estivessem com uma caminhonete e para o meu espanto, eles apareceram com um fiesta.
Para colocar todas as coisas no carro foi um parto. Tivemos que tirar a tampa traseira e colocar acima das nossas cabeças e algumas mochilas no colo. O fiesta ficou parecendo uma lata de sardinha. Coisa horrorosa.
Enfim chegamos ao hotel e nos instalamos. Como diz o André e os nativos de Bonito: “Estamos no maior perrengue, mas tá di boa.”.
Na verdade as coisas não saíram como imaginávamos, porém estamos fazendo o possível e descobrimos que a vida apresenta sempre múltiplas escolhas para se chegar ao mesmo objetivo. Essa consciência nos dá uma grande perspectiva para o próximo dia.

Agora as últimas considerações:
Bonito é tudo isso que experimentamos e muito mais, lugar de pessoas simpáticas, acolhedoras e acima de tudo sinceras. Em todos os lugares que estivemos fomos muito bem recebidos e a hospitalidade do povo daqui nos fez sentir que estávamos em casa.
Um agradecimento especial para a Atratur que com a sua estrutura nos possibilitou toda essa vivência (valeu Janaína), para a Pousada Águas de Bonito e a todos seus funcionários que nos deram o conforto necessário para a produção do diário e para a Dive Bonito que nos ensinou como conseguir amigos além de parceiros (um grande abraço Nascimento e Allan).
A equipe do Ecojonada agradece também a:
Leandro, Herculano (rio Sucuri);
Rubens, Mauro e Walter (Circuito Arvorismo);
Valdenir (Balneário do Sol);
Seu Nezinho e Elton (taxistas);
Dr. Adílio e Fernando (IBAMA);
Henrique (Projeto Jibóia);
Elias (Boca da Onça);
Darley (Estância Mimosa);
Trinity (Buraco das Araras e Rio Prata);
Equipe do Abismo Anhumas;
César (da van).
Por Diego Beck




Dica do dia: Como não poderia deixar de ser, a dica de hoje é: Vá conhecer Bonito o quanto antes.



Mais informações sobre os atrativos de Bonito: www.atratur.com.br
Pousada Águas de Bonito: www.aguasdebonito.com.br

Dia 6 - COB

A noite passada tivemos a notícia de que a Clara não seguiria mais com a gente, por motivos que ela mesmo explicará. Isso nos deixou um pouco chateados, mas respeitamos o desejo dela. O problema agora se tornou o transporte até Alto Paraíso e para Cavalcante; ainda não sabemos como vamos fazer, mas já estamos nos agilizando para prosseguir com o roteiro.
Terminamos de enviar as fotos e a matéria para o site as 04:00 da manhã e acordamos para as atividades de hoje as 05:30, e todos estávamos meio acabados. A sorte foi que o caminho até o Buraco das Araras era longo e pudemos dar uma sonequinha no táxi e aí melhorou um pouco.
O Buraco das Araras é uma antiga caverna formada por lençol freático e que o teto desabou por não sustentar o próprio peso. A esse tipo de formação dá-se o nome de dolina. O lugar reúne muitas características que atraem as araras-vermelhas para a sua volta e já foram observadas quase 50 araras ao mesmo tempo.
Quando o Sol aparece e o calor aumenta elas mergulham no interior do buraco para ficar em uma área mais fresca. A parte de dentro forma um ecosistema único e fechado com um pequeno lago, alguns répteis e uma vegetação bem particular. Antigamente havia a atividade de rapel mas a parede de arenito estava sendo prejudicada e o esporte foi cancelado e ninguém mais desceu até o solo no interior da dolina.
O Buraco das Araras é a maior dolina em circunferência do mundo e a segunda em profundidade; e o mundo isolado no seu interior é um atrativo a mais a ser observado. Porém o que impressiona mesmo é a quantidade araras que sobrevoam as nossas cabeças e adentram o buraco.
Em dado momento mais de dez araras pousaram em uma árvore e ficaram a nossa disposição para a seção de fotos. É realmente muito bonito assistir o contraste do vermelho e do azul entre o verde da mata. Normalmente vemos uma ou duas araras em algum lugar e já ficamos abismados, mas a emoção é realmente muito forte quando assistimos a beleza de muitas delas ao ar livre.
As 11:00 estava marcado o nosso almoço no Recanto Ecológico Rio da Prata e depois uma flutuação seguida de mergulho autônomo. Decidimos almoçar depois das atividades pois conseguiram para nós um horário mais tranqüilo em que poderíamos ficar mais tempo na flutuação.
Tivemos que caminhar por uma trilha de mais ou menos 2 quilômetros no meio da mata até chegar a nascente onde começaríamos a flutuação. Ali sem dúvida é o melhor local para a visualização das diversas espécies de peixes do rio. Confesso que cheguei a pensar que seria mais uma flutuação mas me enganei por completo. A incidência de luz sobre o local cria uma variação de cores diferente dos outros pontos de flutuação da cidade.
Ficamos na nascente um bom tempo observando as Piraputangas, os Curimbatás, os Dourados, os Pacus, os Canivetes e outros tantos de um tamanho maior que os vistos em outras oportunidades.
Depois que começamos o trajeto do rio percebemos que a correnteza era um pouco mais forte do que as que tínhamos experimentado e a adrenalina começou a subir. O terreno acidentado, cheio de troncos e desníveis aumentava a emoção de tal maneira que sentíamos numa corrida. Em uma curva dor rio a correnteza foi tão forte que éramos jogados para o lado esquerdo do leito do rio em uma velocidade tão acelerada que era complicado parar e voltar a flutuar normalmente.
No final do trecho de flutuação o Allan da Dive Bonito nos esperava com dois equipamentos para o mergulho autônomo. Nesse ponto eu passei a vez ao André, pois eu estava muito cansado e com o corpo um pouco dolorido e por isso achei melhor fazer as fotos de cima enquanto ele e o Germano mergulhavam.
Após mais uma hora na água terminamos as atividades e finalmente fomos almoçar. Ao subir no caminhão começou cair a maior chuva para completar o ciclo da água e lavar a alma.
Foi como um elixir para nos ajudar as questões que estavam por vir, e a principal delas era como chegar a Alto Paraíso sem carro.

Por Diego Beck








Dica do dia: Se você vai fazer uma flutuação não deixe de levar uma câmera digital sub-aquática. Fale com o Ronaldo da Pant Tour.
Rua Senador Filinto Muller, 578
F.: (67) 32551000//32553535.



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Pousada Águas de Bonito: www.aguasdebonito.com.br

Dia 5 - COB

Ontem foi primeiro dia que eu e o Germano não precisamos trabalhar no site até a meia-noite e ficamos bastante contentes porque conseguimos organizar melhor as coisas para poder dormir mais cedo. Essa rotina de atividades o dia inteiro e preparar o site à noite estavam nos matando.
Pela manhã a equipe se dividiu, André e Clara foram para o Abismo Anhumas e eu e o Germano fomos fazer mergulho autônomo no rio Formoso e até por isso podemos dormir mais uma hora. O que nos deixou mais contentes ainda.
Antes de irmos ao rio fomos a Dive Bonito para encontrar o pessoal que iria nos acompanhar e guiar no mergulho. Lá chegando tivemos uma ótima recepção por parte do Nascimento e do Allan.
Ficamos sabendo que iríamos mergulhar em dois pontos diferentes do rio, com uma profundidade de mais ou menos 6 metros, contra a correnteza e com a possibilidade de passarmos embaixo da cachoeira. Só isso já nos deixou eufóricos e começamos a nos equipar para a primeira descida.
Confesso que no primeiro momento fiquei um pouco nervoso e comentei com o Germano debaixo d’água e ele me sinalizou para me acalmar. A partir disso fui relaxando e comecei a curtir aquele lugar totalmente novo.
Formamos as duplas e seguimos pelo caminho até a cachoeira, em alguns pontos a força da correnteza era mais forte e foi necessária uma força a mais nas nadadeiras. Lá embaixo toda a nossa percepção muda, a audição e a visão ficam alteradas. A paisagem formada por trocos e pedras é fantástica e a companhia dos peixes e caranguejos é um complemento maravilhoso para esse cenário.
Mas o melhor ainda estava por vir, quando chegamos embaixo da cachoeira fui surpreendido com um das visões mais magníficas que eu já tive, milhares de bolhas de ar formadas pela força da queda d'água. Quando percebi estava totalmente cercado por elas e não enxergava absolutamente nada, a não ser as bolhas, era como se estivesse noutro planeta. Em realidade eu jamais poderia imaginar um lugar como aquele, a sensação é de ser “o escolhido” para aproveitar essa experiência inovadora. Talvez eu deva dizer que foi como um batismo, ou que eu tenha sido ungido, para nunca mais parar de mergulhar.
É tão difícil descrever o que se passou que só posso agradecer ao Nascimento, ao Allan e ao Germano por estarem lá comigo.
Depois desse privilégio, eu pensei que o meu dia já estava “ganho”, mas depois fomos para o Parque Ecológico Baía Bonita (Aquário Natural) para uma flutuação e um passeio pelo zoológico ecológico com animais da região. No início seguimos por uma trilha na mata até a nascente do rio Baía Bonita e ali eu fui entender porque o lugar é chamado de aquário. A transparência da água é inexplicável e podemos observar as mais variadas espécies de peixes: Piraputangas, Dourados, Curimbatás e outros transitam tranqüilamente entre nós.
Ontem estava programado a ida ao Projeto Jibóia para conhecer um pouco mais sobre os hábitos e características dessa espécie de serpente. Porém tivemos que transferir, pela segunda vez, para hoje a noite devido ao jantar com o Dr. Adílio para organizarmos a visita ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
Acordamos as 05:15 da manhã e fomos encontrar o Dr. Adílio e também um outro funcionário do IBAMA, o Fernando, as 06:00 na sede do instituto para partirmos em direção ao parque. Dividimos o povo em dois veículos. Clara, André e Fernando foram no Seival; eu, Germano e o Dr. Adílio fomos na caminhonete do IBAMA.
Já perto da fazenda Remanso fomos surpreendidos por uma cena inusitada. Alguns peões estavam para transferir o gado de um pasto para o outro. Enquanto nos aproximávamos podíamos ouvir o gado Nelore mugir como se fosse um lamento ou um chamado para que prestássemos a atenção naquela manobra. Então as cancelas foram abertas e o gado começou a ser conduzido para o outro lado, foi muito interessante visualizar aquele gado ser guiado ao outro pasto de maneira muito rápida. A sensação era de uma falta de liberdade e um descaso com os instintos básicos de um povo.
Após registrar o evento seguimos em direção a fazenda desejada para visitação combinada e começamos a subir a serra até quase o topo.
A Serra da Bodoquena compreende os municípios de Bodoquena, Bonito, Jardim e Porto Murtinho; divide-se em dois fragmentos, o norte e os sul separados por um trecho de 4 Km.e possui 4 biomas identificados: cerrado, mata atlântica, pantanal e caatinga. Se desenvolve sobre rochas e por isso possui um relevo cárstico.
Ao chegarmos em um lote da fazenda deixamos o carro e começamos a subir a pé a trilha que levava ao ponto mais alto daquele trecho. Essa caminhadinha foi bastante cansativa, mas quando estávamos lá em cima a mente transcendeu o que estava acontecendo. O grupo praticamente se dispersou e eu fui olhar de perto uma paineira barriguda que me emocionou muito. O seu caule mais avantajado faz parecer uma mulher grávida e isso remeteu o meu pensamento para Porto Alegre.
Sentei-me ao pé da paineira e na sombra refleti sobre o que tem me acontecido nos últimos meses e fiz uma oração de agradecimento enquanto procurava sentir a força da árvore e da mata ao redor.
Depois de curtir aquele momento de reflexão o grupo se reuniu novamente para a descida até o rio Salobra e um banho revigorante. O calor forte exigia um banho de rio e então nos atiramos na água para nos refrescar.
O rio Salobra possui uma água límpida e de uma cor esverdeada como eu nunca vi antes, era uma tonalidade quase como a cor ciano, linda de se ver, ou com diria o Dr. Adílio: “uma cor que é de encabular”.
Em seguida o Dr. Adílio quis nos levar à Boca da Onça, que é a cachoeira mais alta do estado com 156 metros de altura. Quando chegamos na fazenda fomos muito bem recebidos pelo receptivo. Fomos levados à plataforma de rapel para que se pudesse registrar o Vale do rio Salobra que é o limite entre o parque e a fazenda onde está a Boca da Onça.
Quando descemos para assistir o espetáculo da cachoeira de perto, percebi o quanto ela era imponente e grande. Qualquer um que chegasse naquele momento ficaria estático só observando tal a grandiosidade da protagonista do local,
E eu fiquei ali parado olhando a queda d’água e me senti recompensado por poder olhar algo tão divino. E ao mesmo tempo querendo captar a energia liberada no ar pela cachoeira. Só faltava tomar um banho na piscina natural em frente à Boca da Onça, até que observei o André e o Germano indo tomar o tal banho, e aí não agüentei e me joguei na água também.
Foi a melhor coisa que eu fiz, mergulhar para baixo daquela enorme cachoeira foi fantástico e ao mesmo tempo libertador. Senti as tensões todas me abandonarem e um contato maravilhoso com Deus foi criado.
Assim que o Dr. Adílio nos convidou a ir embora, viemos para Bonito, pois ainda tínhamos um encontro com o Projeto Jibóia para entrar em contato com a serpente e obviamente tirar algumas fotos. E esse foi um os três grandes momentos do dia.
Após a explicação do projeto por parte do Henrique, tivemos a oportunidade de tocar no animal e realizar as fotos com ele no pescoço. Confesso que perdi um preconceito com as serpentes quando coloquei a Jibóia nos ombros e perceber que a sua pele é bastante macia e limpa.
O segundo momento foi quando estive ao pé da Paineira Barriguda e pensei muito no meu futuro e senti uma enorme paz e tranqüilidade.
E por fim a visão da Boca da Onça foi o ápice do dia, em frente a cachoeira tive um contato transcendental e sentia muito forte a presença de Deus.
Acho que esses três momentos do dia revelam tudo o que o IBAMA deseja e inclusive está no seu logotipo. As serpentes representam a fauna, assim como a Paineira representa a flora e a cachoeira os minerais. No final tudo isso significa que podemos viver muito bem com um cuidado especial com o nosso mundo e que isso nos levará a algo maior.

Por Diego Beck








Dicas do dia: Quer conhecer carnes de diferentes tipos? Vá ao Pantanal Carnes Exóticas. Rua Pilad Rebuá 1808.
F.: (67) 32552763.



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Pousada Águas de Bonito: www.aguasdebonito.com.br

Dia 4 - COB

Ontem foi primeiro dia que eu e o Germano não precisamos trabalhar no site até a meia-noite e ficamos bastante contentes porque conseguimos organizar melhor as coisas para poder dormir mais cedo. Essa rotina de atividades o dia inteiro e preparar o site à noite estavam nos matando.
Pela manhã a equipe se dividiu, André e Clara foram para o Abismo Anhumas e eu e o Germano fomos fazer mergulho autônomo no rio Formoso e até por isso podemos dormir mais uma hora. O que nos deixou mais contentes ainda.
Antes de irmos ao rio fomos a Dive Bonito para encontrar o pessoal que iria nos acompanhar e guiar no mergulho. Lá chegando tivemos uma ótima recepção por parte do Nascimento e do Allan.
Ficamos sabendo que iríamos mergulhar em dois pontos diferentes do rio, com uma profundidade de mais ou menos 6 metros, contra a correnteza e com a possibilidade de passarmos embaixo da cachoeira. Só isso já nos deixou eufóricos e começamos a nos equipar para a primeira descida.
Confesso que no primeiro momento fiquei um pouco nervoso e comentei com o Germano debaixo d’água e ele me sinalizou para me acalmar. A partir disso fui relaxando e comecei a curtir aquele lugar totalmente novo.
Formamos as duplas e seguimos pelo caminho até a cachoeira, em alguns pontos a força da correnteza era mais forte e foi necessária uma força a mais nas nadadeiras. Lá embaixo toda a nossa percepção muda, a audição e a visão ficam alteradas. A paisagem formada por trocos e pedras é fantástica e a companhia dos peixes e caranguejos é um complemento maravilhoso para esse cenário.
Mas o melhor ainda estava por vir, quando chegamos embaixo da cachoeira fui surpreendido com um das visões mais magníficas que eu já tive, milhares de bolhas de ar formadas pela força da queda d'água. Quando percebi estava totalmente cercado por elas e não enxergava absolutamente nada, a não ser as bolhas, era como se estivesse noutro planeta. Em realidade eu jamais poderia imaginar um lugar como aquele, a sensação é de ser “o escolhido” para aproveitar essa experiência inovadora. Talvez eu deva dizer que foi como um batismo, ou que eu tenha sido ungido, para nunca mais parar de mergulhar.
É tão difícil descrever o que se passou que só posso agradecer ao Nascimento, ao Allan e ao Germano por estarem lá comigo.
Depois desse privilégio, eu pensei que o meu dia já estava “ganho”, mas depois fomos para o Parque Ecológico Baía Bonita (Aquário Natural) para uma flutuação e um passeio pelo zoológico ecológico com animais da região. No início seguimos por uma trilha na mata até a nascente do rio Baía Bonita e ali eu fui entender porque o lugar é chamado de aquário. A transparência da água é inexplicável e podemos observar as mais variadas espécies de peixes: Piraputangas, Dourados, Curimbatás e outros transitam tranqüilamente entre nós.
A vegetação também impressiona pela tonalidade do verde e em dado momento flutuando bem próximo a um conjunto de plantas que se moviam como em um balé, soltei a imaginação e me enxerguei voando sobre as plantas e fazendo parte daquela dança.
Acho que a sensação que todos buscamos nessa vida é a de estar conectado com o meio ambiente como se fossemos um organismo único. E essa conexão me fez transcender a ponto de lembrar de todas as pessoas que amo.
Após a flutuação, passeamos pelo zoológico onde pudemos observar o Lobo Guará e a sua elegância, além da Anta, da Capivara, do Jacaré do Pantanal e outros animais do estado do Mato Grosso do Sul.
Hoje o dia me presenteou com duas grandes vivências que jamais esquecerei, e o dia de amanhã promete ser tão emocionante quanto o de hoje. Essa noite jantamos com o chefe do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, o Dr. Adilho. Enquanto nos deliciávamos com uma traíra desossada definimos quais aspectos que iríamos abordar na visita guiada ao parque.
Agora vou deixar a palavra com a Clara e o André que foram agraciados com a estada no Abismo Anhumas e podem relatar melhor o atrativo.



Abismo Anhumas

Se há um lugar no mundo que os aventureiros não podem deixar de visitar é o maravilhoso e incomparável Abismo Anhumas. Adrenalina pura!!!!!!!
Garantia de emoção pela generosa natureza na contemplação das inusitadas formas e cores que os olhos podem ver e sentir. No meio da mata abre-se uma estreita fenda que leva ao interior de uma caverna com dimensões de um campo de futebol. Para descer fizemos um rapel vertical de 72m e chegamos a um lago cristalino com profundidade de 80m, de quebra, um mergulho autônomo ate 18m, onde encontramos uma ossada de Tamanduá Bandeira e formações rochosas.
Nesta aventura a prática de rapel, mergulho autônomo e flutuação possibilitam aos mais arrojados observarem a grandiosidade deste paraíso esculpido por gotas d'água em pedra de calcário que dão forma e asas a imaginação.
A experiência vivida no abismo nos faz agradecer cada momento de nossa existência. De lá só tiramos a vontade de voltar e a certeza que preservar nos torna digno de degustar os sabores da vida. Por outro lado, lá apenas deixei mais algumas gotas das lágrimas de minha gratidão ao ente maior.
Por fim, vai um abraço a equipe de profissionais altamente treinados do Abismo Anhumas (Rui, Marcio, Paulo, Dalvan, Maiko e as outras feras do abismo).
E um agradecimento especial ao instrutor de mergulho João e ao Juca da Ygarape Tour que nos propiciou a aventura sub-aquática. Se quiser mergulhar é só clicar: www.ygarape.com.br
Vá e fique abismado!!!!!!!!!!
Por André Larrêa.

Abismo Anhumas: aqui tudo é ao fundo, no máximo da emoção. O início da descida é quase claustrofóbico, entre rochas estreitas vamos descendo lentamente pendurados naquela corda essencial. Aos poucos o olho se acostuma à escuridão e aí esquecemos da superfície que vai ficado para trás. Sob os nossos pés, a quase 70 metros abaixo se estende uma gigantesca galeria, do tamanho de um estádio de futebol, em cujo interior está um vasto lago de águas tão cristalinas que se pode ver as incríveis formações rochosas que brotam de seu interior. Gigantescos cones formados pela aglomeração e decantação do calcário criando a impressão de que sobrevoávamos uma cidade com seus edifícios submersos.
A água, sempre em torno dos 18 graus centígrados, é uma atração à parte. Um mergulho neste lago cristalino oferece a possibilidade de um mergulhador com certificação de curso básico experimentar a emoção de um mergulho com a pouca luminosidade de uma caverna.Munidos de lanternas, quase desnecessárias graças à luz que entra e enche o ambiente com uma claridade mágica, descemos até 18m de profundidade para avistar a ossada de um desafortunado tamanduá bandeira que caiu através da fenda. O mergulho aqui é único pela água doce com visibilidade de até 30m, pode-se sentir flutuando entre estas magníficas formações e curiosos espeleotemas que nos inspiram a ver sentinelas, cortinas, dragões, jacarés e o que a sua imaginação lhe inspirar.
Por Clara Adams



Dicas do dia: Se você vier a Bonito não deixe de experimentar a Traíra Desossada do Barcuri. Logo na entrada da cidade no posto Bacuri.
Telefone: (67) 32551212




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Dia 3 - COB

Mais um dia começou cedo e o nosso primeiro destino hoje foi a famosa Gruta do Lago Azul, o principal cartão postal da cidade. Para poder registrar imagens no interior da gruta com o tripé foi necessária uma autorização prévia da prefeitura de Bonito, pois existe todo um cuidado com a preservação das formações calcárias e do próprio lago.
A gruta foi formada pela infiltração da chuva no solo que em contato com um lençol freático fez aumentar a pressão da água provocando a formação da cavidade. Essa constante infiltração associada ao calcário do solo da região formou estruturas chamadas de espeleotemas que são as estalactites e estalagmites.
O lago Azul possui esse nome devido à transparência da água (a máxima possível em água doce) e ao excesso de magnésio, um mineral que iluminado pelo Sol revela um brilho azulado. A profundidade chega a aproximadamente 90m e a caverna está possui sua maior parte dentro do lago.
Um dos mistérios da gruta é o fato de existir no lago duas espécies de pequeninos moluscos semelhantes a camarões, porém cegos e albinos que se alimentam de guano (fezes de morcego) e que só são encontrados em cavernas africanas. Ainda não se sabe como houve essa migração.
Outra coisa impressionante são as estalactites escalonadas que seguem na direção da luz descendo do teto em diagonal. Em realidade essas estalactites estão em pontos mais úmidos do teto e contém fungos que buscam a claridade e carregam a água com resíduos de calcário junto.
Mas sem dúvida é a cor que mais chama a atenção, as muitas tonalidades de verde e azul nos fazem pensar que estamos em outro planeta, a fosforescência do lago é tão grande e bela que chega a hipnotizar e não conseguimos parar mais de olhar.
É nessa hora que começamos a refletir sobre o que estamos vendo, ao olhar para o teto da caverna e percebemos a perseverança da água que insiste em escorrer até o chão formando as estalactites e que alarga cada vez mais a gruta procurando o seu espaço. Todo esse movimento só vem a favorecer a vida, por onde passa a água deixa o seu rastro de fungos e pequenas plantas.
Essa característica revela que a natureza sempre dá um jeito, a força da vida está intimamente ligada à fluidez da água e ao seu curso ininterrupto.
Depois dessa experiência revigorante nos encaminhamos para a Estância Mimosa onde um almoço com pratos e doces regionais servidos no fogão à lenha nos aguardava. E só posso dizer que essa comidinha caseira estava fantástica.
A Estância Mimosa concilia a criação de gado com o ecoturismo e o turismo rural com ênfase nas belezas naturais e também na cultura sul-matogrossense e por isso preservou a antiga sede da fazenda no seu estilo original.
Oferece uma caminhada pela mata ciliar do Rio Mimoso que inclui banho em diversas cachoeiras e a possibilidade de encontrar diversas espécies de animais. A trilha não é tão longa (mais ou menos três quilômetros) e o contato com a fauna e a flora da região faz o tempo passar muito rápido. Ainda mais quando se tem um guia muito legal como o Darley.
Como o calor é muito forte nada melhor para se refrescar que um banho de rio, e o trajeto da trilha oferece muitas cachoeiras e diversos pontos de banho. Com destaque para a cachoeira do Salto e a do Sinhozinho.
A primeira possui uma plataforma de 6 metros para saltar em um poço natural bastante profundo que Germano acredita se tratar de um reflexo do movimento da vida. Às vezes estamos a uma certa distância de nosso objetivo e é necessário um movimento arriscado para alcançá-lo. É um movimento baseado na fé de que podemos estar em baixo ou no alto, mas devemos sempre seguir em frente, pois assim é a vida.
A do Sinhozinho com certeza é a mais bonita delas com vários pontos de “hidromassagem” natural que servem para relaxar os músculos cansados e tomar um último banho antes de para retornar a sede para um lanchinho caseiro.
Pela segunda vez no mesmo dia fomos agraciados com o espetáculo das águas que se revela de diversas formas. Na Gruta do Lago Azul foi a perseverança e a maneira como ela remodela as formas mais sólidas, na Estância Mimosa foi o abraço refrescante e a imagem dos desafios de nossas vidas.
Talvez devêssemos aprender mais com a água, quem sabe até nos tornarmos mais altruístas como ela é começando por mudar o nome do nosso planeta.




Dica do dia: Se precisar de táxi ligue para o Seu Nezinho, conforto, segurança e muitas histórias para contar. Fone: 99552101




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Dia 2 - COB

Acordamos hoje cedo cheios de energia e muito gratificados com a quantidade de recados que recebemos de parentes e amigos através do nosso site. Esse feedback é muito importante para nós e agradecemos de todo o coração o carinho e a atenção de todos que escreveram. Ao mesmo tempo pedimos que continuem nos acompanhando e mandando mensagens.
Estávamos na expectativa de conhecer a Boca da Onça, onde está a maior cachoeira do estado do Mato Grosso do Sul, porém um problema no Seival não nos permitiu chegar até o local do atrativo. Ficamos meio chateados com esse imprevisto, mas com o apoio a Atratur ninguém fica na mão. A Janaína da Atratur, responsável pelo grande roteiro que temos aqui em Bonito, rapidamente agendou outros dois locais para que fossemos conhecer.
Mais uma vez percebemos que as coisas não acontecem por acaso e que devemos persistir no nosso caminho. O primeiro lugar que fomos é o Balneário do Sol onde o rio Formoso se divide em alguns braços e o terreno acidentado forma algumas pequenas cachoeiras e piscinas naturais de várias profundidades.
Com uma estrutura muito boa o balneário apresenta trampolim, tirolesa, quadra de futebol, sinuca, xadrez gigante e também um restaurante com uma comida deliciosa. Logo na chegada fomos recebidos pelo Rafael que nos explicou sobre o funcionamento do balneário. Inclusive sobre a profundidade da “piscina para bebê”, onde a gente senta e bebe uma cervejinha tranqüilo.
Depois de um pequeno relaxamento nas piscinas, decidimos começar a fotografar e filmar o balneário. Foi quando o Valdenir, um salva-vidas do balneário nos mostrou um macaco-prego em uma árvore próxima e todos paramos para assisti-lo. Em seguida todo o bando apareceu e começamos a fazer contato com eles usando pedaços de mamão para atraí-los.
A interação entre nós foi fantástica, principalmente com o André, e pudemos observar a expressividade dos macacos-prego. O olhar dos animaizinhos transmitia tantas emoções como medo, fome, raiva, cuidado e atenção. É impressionante como facilmente reconhecemos muitas características semelhantes entre nós e quando nos damos conta estamos praticamente fazendo parte do bando.
Enquanto tirávamos muitas fotos observamos o cuidado das mães com seus filhotes, a forma receosa de aproximação em busca de comida e a maneira como os machos mais velhos defendem o bando rosnando e sacudindo os galhos. Essas atitudes lembram muito o nosso modo de agir com nossos filhos, quando não confiamos em alguém ou defendendo nossa família.
Após essa reunião da macacada, onde ficou claro que Darwin não estava errado com a sua teoria da evolução, fomos agraciados com um belo almoço no restaurante do balneário. Nos ofereceram Moqueca de Pintado e Pacu frito, dois pratos a base de peixe que estavam perfeitos. Por isso aqui vai um muito obrigado ao Daniel e a Alexandrina.
À tarde fomos para o trajeto de bóia cross no rio Formoso, passando por três cachoeiras e três corredeiras numa descida emocionante e ao mesmo tempo zen. Enquanto fazíamos o percurso, em certos momentos sentíamos uma tranqüilidade refletida nas águas cristalinas do rio, enquanto em outros a adrenalina subia e voltávamos a ser criança. Um aspecto importante a acrescentar é a preocupação que os monitores têm com a segurança, a fim de garantir um bom passeio a todos.
As 19:00 nos encaminhamos para o “Projeto Jibóia” com um enorme dilema, ainda não havíamos decidido que seria a cobaia para um contato mais íntimo com animal. Graças a Deus o Henrique, dono do projeto preferiu transferir para quinta. Isso nos deu mais tempo para resolver o dilema.
O dia de hoje vai ficar gravado para sempre na nossa memória por causa do encontro com os macacos-prego no Balneário do Sol. Foi como olhar um espelho que refletia emoções e sentimentos que estão profundamente arraigados dentro de nós. Foi um verdadeiro reconhecimento de nossos instintos mais primários.


Dica do dia: O site www.fundacaoneotropica.org.br que é de uma ONG que tem um projeto de ecodesenvolvimento no entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Que foi apresentado para nós pela nossa amiga Sinéia Milano.





Mais informações sobre os atrativos de Bonito: www.atratur.com.br
Pousada Águas de Bonito: www.aguasdebonito.com.br

Dia

Dia 1 - COB

O celular despertou as 6:45 hs da manhã e a equipe começou a se agilizar para o primeiro dia nos atrativos de Bonito. Na noite anterior havíamos feito uma pequena reunião onde definimos alguns procedimentos sobre a produção no dia de hoje, combinamos o horário e como seriam realizadas as fotos de divulgação.
Na hora do café a primeira surpresa, o Germano descobriu que estamos em outro fuso horário, o que significa uma hora atrasada em relação a Porto Alegre. Esse fato nos deixou mais relaxados, pois nesse primeiro dia todos desejávamos fazer o trabalho da maneira mais tranqüila e correta possível.
Em seguida a segunda surpresa, a Janaína, nosso contato na Atratur nos ligou para avisar que por causa de um imprevisto os atrativos do dia de hoje haviam trocado de horário. Ou seja, faríamos a flutuação no rio Sucuri pela manhã e na parte da tarde o Circuito de Arvorismo, e essa notícia agradou a todos porque precisávamos de uma atividade menos pesada e mais relaxante depois de um longo dia na estrada.
Assim acertamos o fuso e as 8:00 hs fomos para o rio Sucuri e o tratamento que recebemos tanto pelo Leandro do receptivo, como pelo nosso guia Herculano foi fantástico. E foi Herculano que nos explicou que devido à concentração de calcário no solo da região os rios acabam por ter águas cristalinas.
Fomos levados para onde a nascente do rio brota no solo e ali tivemos uma aula sobre o ciclo natural. A árvore de Bacuri utiliza as águas do rio, enquanto o macaco-prego se alimenta do fruto e o que resta dele cai na água para saciar os peixes que estão esperando pelo seu quinhão.
A visibilidade da água é impressionante e segundo o nosso guia o rio Sucuri é o mais transparente e o que tem pontos mais profundos, o que torna a descida algo espetacular. O passeio entre os Curimbatás e as Piraputangas, que são as espécies de peixes mais avistadas no trajeto, é inesquecível.
A correnteza forte e a visão das sombras das folhas no fundo do rio nos remetem a uma viagem transcendental para um outro tempo onde nada mais importa a não ser a fluidez da água e de seus habitantes. Por instantes fazemos parte desse cenário e nos deixamos levar pelo rio, às vezes mais rápido e em outras mais lentamente. Mesmo os troncos de árvores caídos, que como obstáculos parecem querer nos tirar do curso, em realidade não atrapalham.
Todas essas sensações nos fazem refletir sobre o próprio curso de nossa vida. Porque em certos momentos nos prendemos em coisas que só atrasam a nossa jornada, em vez de relaxar e com muita fluidez deixar a correnteza nos levar para que continuemos observando as coisas belas que surgem em nosso caminho.
Sem dúvida em uma flutuação no rio Sucuri entendemos como a natureza é sábia e compreendemos que fazemos parte dela. Assim podemos seguir nossa estrada mais tranqüilos com a certeza de que o plano divino nos inclui também.
Ainda absortos com essa experiência maravilhosa dentro d’água aproveitamos para conhecer alguns dos outros atrativos do rio Sucuri antes do almoço, que são a cavalgada e o trajeto de quadriciclo.
Após nos alimentarmos muito bem com uma comida caseira bem gostosa rumamos para o Circuito Arvorismo. Logo na estrada cruzamos com duas Seriemas que prontamente posaram para as nossas fotos e abrilhantaram ainda mais o nosso dia.
Ao chegar no circuito fomos recebidos pelo Rubens que falou sobre o que é o esporte chamado arvorismo. Esclareceu que se trata de um trajeto aéreo pela copa das árvores com passarelas, tirolesas e diversas atividades suspensas.
Localizada em uma área preservada de mata silvestre, o circuito começa com uma ascensão vertical de 23 metros e em seguida uma emocionante descida em uma tirolesa que deixa a nossa adrenalina nas alturas.
A seqüência de desafios propostos é sensacional e em alguns momentos voltamos a nossa infância como se ainda tivéssemos brincando com nossos amigos nas árvores daquela pequena rua onde morávamos.
Nesse momento percebemos que a inversão das atividades do dia de hoje não poderia ter sido melhor. Depois de estar em contato com nosso eu interior no rio Sucuri, voltar a ser criança e estar entre amigos é o que se pode chamar de algo único.
A experiência de entrar em contato com a natureza lá no alto nos leva a busca pelo divino. A sensação que temos ao caminhar entre Jatobás e Aroeiras a mais de vinte metros de altura é a de estar no topo do mundo, e depois uma visão privilegiada de um pôr-do-sol ao final do percurso é a imagem que falta para acreditarmos sermos pessoas abençoadas.

Dica do dia: A Internet mais rápida da cidade é na Via Bonito ali na rua Monte Castelo número 826. F. (67) 3255 2740.


Mais informações sobre os atrativos de Bonito: www.atratur.com.br
Pousada Águas de Bonito: www.aguasdebonito.com.br

Windsurf em Osório - RS

Nessa época de Pan-americano, nada melhor que conhecer um esporte olímpico muito praticado no país, o Windsurf. Mistura de vela com surf, nada mais é, que planar sobre a água como auxílio de uma prancha impulsionada por uma vela.
A história do esporte começa com o casal Newman e Naomi Darby, ele, velejador, resolveu atender aos anseios de sua esposa canoísta que desejava mais velocidade para se locomover e adaptou uma vela a pequena embarcação de Naomi. Assim o windsurf teve o seu primeiro registro.


A força dos ventos.

Porém somente em 1968 a nova idéia foi registrada pelos amigos Hoyle Schweitzer e Jim Drake que queriam poder surfar em praias sem ondas e lagoas. A partir desse momento o esporte se difundiu e evoluiu até que, em 1984, foi incorporado aos Jogos Olìmpicos de Los Angeles.
O primeiro desafio enfrentado é conseguir direcionar a prancha no rumo desejado através do controle da vela, mas em uma primeira aula já se pode velejar em pequenas distâncias. A dificuldade aumenta a partir do momento em que se deseja realizar as manobras radicais do esporte.


Orçando

Uma das vantagens é poder velejar com ventos fracos o que facilita a iniciação, tomando cuidado na hora de escolher um equipamento adequado para o local e velocidade do vento. Depois é fundamental aprender a se equilibrar na prancha e cuidar da postura, pois quanto mais esticadas as costas estiverem, mais facilmente se controlará a vela. Assim os “primeiros passos” no windsurf já podem ser dados.


Primeiras manobras.

Todo o conjunto de equipamentos é chamado de rig, e é composto pela vela, que capta o vento e impulsiona a prancha, a retranca, que mantém o formato da vela e direciona a prancha, mastro e extensão, também utilizados para manter o formato da vela, e por último a prancha, onde o windsurfista apoia aos pés para deslizar sobre a água.


Radicalizando.

Ser um esporte bastante técnico é o diferencial do windsurf, para fazer aéreos, loopings e batidas é necessário um domínio maior de todo o equipamento e isso só se consegue com muita aula prática. Mas essa especificidade é que torna o windsurf tão apaixonante.


Radicalizando II

Além disso, existem diferentes modalidades para todos os gostos, algumas delas são:
Mistral – é a modalidade do Pan e das Olimpíadas. São regatas de corrida onde todo o equipamento é padronizado e o que faz a diferença é a técnica, tática e preparo físico;


Lagoa dos Barros

Wave e Freestyle - as duas são decididas pelas manobras realizadas, porém a primeira é realizada sobre ondas;
Speed - a categoria mais rápida do windsurf, é vencida por quem consegue a maior velocidade. O objetivo principal é bater o recorde mundial.
Slalom – são regatas contornando bóias com muita velocidade e que exige muita técnica dos concorrentes.


Lagoa dos Barros II

O windsurf como todo esporte radical exige uma preocupação com a segurança, por isso é imprescindível procurar uma escola ou instrutor para começar a prática. Antes de começar a orçar ou tentar um aéreo é melhor aprender com que sabe. Em Osório, na beira da Lagoa dos Barros existe a escola Windfly de Marco Antônio Rodrigues da Silva, o Bola. Então quem quiser aprender é só seguir pela freeway rumo a capital do vento e procurar o Bola.

O que: Windsurf
Onde fazer: Osório - RS.
Quem ensina: Windfly - www.windfly.com.br
Apoio: Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul
Secretaria de Turismo do Balneário Pinhal
Pousada Sítio da Esperança – www.pousadasitiodaesperanca.com.br
Pizzaria À Lenha - Rua João Sarmento, 422 , Osório - (51) 3663-3311
Restaurante Grelhados e Cia – RS 30 KM 83 , Osório - (51) 36636699
Fazenda Pontal (Landi) – www.fazendapontal.com.br
Gaia Agência de Viagens e Turismo Ltda - gaiaturismo@terra.com.br
Viacolor - Laboratório Fotográfico Profissional - www.viacolor.com.br
Auto Posto São João Ltda - BR 101 KM 02 - nº 1510 - Vila São João - Torres - RS

Wakeboard em Porto Alegre - RS

Os porto-alegrenses tem diversos esportes de aventura disponíveis, sendo boa parte destes aproveitando o maravilhoso visual do “Rio Guaíba” que costeia a cidade.


"Rio Guaíba" com Porto Alegre ao fundo

O “Rio Guaíba” com os canais que nele desembocam, são ótimos para a prática do Wakeboard e já foi sede de diversas competições nacionais e regionais.
Rodrigo Freitas Paixão, presidente da Associação Gaúcha de Wakeboard (AGW) comenta “Com a fundação da AGW, que aconteceu em Abril de 2006, acreditamos que será mais fácil de integrar os praticantes e buscar novos adeptos para este esporte”.


Visual de um dos canais do “Rio Guaíba

No Wakeboard o praticante fica com a prancha fixada em seus pés enquanto é puxado por uma lancha ou barco, nas primeiras tentativas os iniciantes, como eu, tem dificuldade em se equilibrar, mas depois que esta dificuldade é superada, a sensação de velocidade, adrenalina e liberdade tomam conta da mente e do corpo e tudo isso rodeado pela natureza exuberante do Guaíba e de seus deltas formados por seus afluentes.


Wakeboard fotografado em Preto e Branco

Para os mais experientes ou os que se aventurarem a se aprofundar, podem aproveitar a velocidade e a marola produzida pelo barco para fazer algumas manobras e dar grandes saltos.


Manobra aproveitando a marola produzida pela lancha

Conforme Rodrigo Paixão o calendário de eventos para o segundo semestre de 2006 já está pronto, o Campeonato Gaúcho deve acontecer nos dias 23 e 24 de setembro em Porto Alegre, 11 e 12 novembro em Pelotas. A ultima etapa do Campeonato Brasileiro será de 15 a 17 de Dezembro em Porto Alegre.
Luciano Fleck foi juiz no último campeonato gaúcho realizado em Porto Alegre e comenta: “os atletas são avaliados pelo grau dificuldade das suas manobras, amplitude e estilo”.


Manobra lateral

Nesta reportagem Germano Preichardt e Cristiano Cruz exploraram as belezas dos canais da Ilha das Flores a bordo de uma lancha, e depois da boa dose de adrenalina finalizamos curtindo o lindo visual da natureza.


Água, terra e ar - a beleza da natureza que nos cerca

O que:
WAKEBOARD
Onde fazer:
“Rio Guaíba” – Porto Alegre - RS
Como aprender:
Com o instrutor Felipe Ely - aulasdewake@gmail.com
Para mais informações:
Rodrigo Paixão - wakegaucho@gmail.com (51) 8126-2661
Agradecimentos:
Cristiano Cruz, Luciano Fleck, Rodrigo Paixão, Felipe Ely e Natural High www.naturalhigh.com.br

Velejando na Pinguela - RS

Biruta, bolina, calado, genoa e adriça. Palavras praticamente desconhecidas para alguns, mas para a grande parcela dos gaúchos velejadores e iatistas elas fazem parte de um cotidiano de prazer e de aventura.
Desde a criação do Yatch Club Brasileiro na praia do Botafogo, Rio de Janeiro, em 1906, o esporte na parou de se difundir e aumentar o número de adeptos. E acabando por se tornar o esporte (juntamente com o atletismo) com o maior número de medalhas olímpicas.


Zarpando

No Rio Grande do Sul o esporte começou a ganhar corpo mm 1934, quando foi fundado em Porto Alegre o Veleiros do Sul, por Leopoldo Geyer e um pequeno grupo de velejadores que já utilizavam o lago Guaíba para bordejar em águas gaúchas. O mesmo Leopoldo, depois, ajudaria a tornar a cidade uma grande pólo de vela fundando o Clube Jangadeiros e o Iate Clube Guaíba.


Navegar é preciso...

Alguns dos velejadores repetem a frase do general romano Pompeu, dizendo "navegar é preciso, viver não é preciso", e levam a vida velejando. Transformam a vela em estilo de vida, sozinhos como Amyr Klink, ou acompanhado como a célebre família Schürmann. Sem dúvida, dois exemplos de navegação pelo prazer da experiência em si.


Ajustando as velas

Outros porém, pegam outros ventos e escolhem o caminho do esporte. Em competições altamente disputadas como a Around Alone, Volvo Ocean Race e a America's Cup, que exigem uma técnica apurada e uma tripulação experiente. E no Brasil não faltam esportistas de renome: Torben e Lars Grael, Robert Scheidt, Marcelo Ferreira, Bruno Prada, etc...


Sol, serra e vela

Mas todos os velejadores concordam com uma coisa, com a paixão que toma a todos que experimentam navegar em um barco a vela. E a primeira vez a gente não esquece. Em passagem pela região dos lagos tivemos o prazer de conhecer Landi da Fazenda Pontal que nos proporcionou uma amostra do que é velejar enquanto navegávamos pela lagoa Pinguela.


Landi

Visual fantástico à beira da Serra Geral e a companhia dos pássaros que circulam pela lagoa davam o tempero a mais nessa aventura. O barco a vela permite um contato diferenciado com a natureza, sem o barulho do motor a sensação de harmonia é muito maior e é impossível não relaxar e curtir. Um verdadeiro paraíso.


Paraíso

A ausência de motor também exige dos tripulantes, é necessário ser participativo, estar atento ao vento e ter mais técnica. E talvez seja isso que faça o esporte ser tão apaixonante e desafiador. Ou talvez seja, como disse muito bem Landi, porque velejar não é só um esporte...é também uma arte.


De vento em popa

Por isso Scheidt, Grael, Klink, Schürman, Preichardt, Beck, Larrêa....não importa o sobrenome, a vela só vem aumentando os seus aficionados. Depois que temos o espírito "contaminado" não há como curar e a vontade é a de subir a bordo e colocar vento em popa.


Cenário perfeito

Landi promete disseminar ainda mais essa paixão. Na fazenda Pontal que administra em breve haverá passeios de barco pelas lagoas do litoral norte do estado. Então, é só ajustar as velas e embarcar nessa aventura!!

O que: Vela
Onde fazer: Maquiné - RS.
Com quem: Landi - www.fazendapontal.com.br
Apoio: Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul
Secretaria de Turismo do Balneário Pinhal
Pousada Sítio da Esperança - www.pousadasitiodaesperanca.com.br
Pizzaria À Lenha - Rua João Sarmento, 422 , Osório - (51) 3663-3311
Restaurante Grelhados e Cia - RS 30 KM 83 , Osório - (51) 36636699
Fazenda Pontal (Landi) - www.fazendapontal.com.br
Gaia Agência de Viagens e Turismo Ltda - gaiaturismo@terra.com.br
Viacolor - Laboratório Fotográfico Profissional - www.viacolor.com.br
Auto Posto São João Ltda - BR 101 KM 02 - nº 1510 - Vila São João - Torres - RS

Trekking em Cavalcante/GO

Andar por trilhas cercado de belas paisagens em locais quase desconhecidos, assim é o trekking. Uma prática que requer muito fôlego, disposição, resistência e pernas fortes, para superar os desafios do terreno e desfrutar do contato com a natureza.
Em Cavalcante, essa atividade possui muitos níveis de dificuldade, em geral, as trilhas passam por antigos caminhos de tropeiros com pedras, rios, subidas, descidas e até trechos dentro da mata.
A trilha escolhida foi a que leva até a cachoeira Santa Bárbara no interior do território Kalunga. Os Kalunga são afrodescendentes e remanescentes de sociedades quilombolas da época do garimpo em Cavalcante com uma população de quase quatro mil habitantes, ou seja, mais ou menos metade do município.


A caminho do Engenho II

Antes de começar a caminhada fomos de caminhonete em direção ao povoado do Engenho II da Comunidade Kalunga, que esta a cerca de 25 Km da cidade.


Engenho II Comunidade Kalunga

Seguimos com a caminhonete por um bom trecho dentro das terras Kalungas até o início da trilha, distante cinco quilômetros da cachoeira Sta. Bárbara.


O começo do trekking

A antiga rota cavaleira exige um pouco de preparo físico de cada um contendo algumas subidas e descidas, além de travessia de rios e pequenas escaladas.


Trekking a caminho da Cachoeira Santa Bárbara

Os últimos metros são dento de uma mata fechada e num primeiro momento avistamos um pequeno poço com uma água verde-esmeralda de cair o queixo.


Poço de Santa Bárbara

Para seguir adiante é necessário circundar o poço e a pequena cachoeira que o forma, escalando as pedras da sua volta até um trecho da trilha um pouco mais elevado dentro da mata.
Seguimos pela trilha até um ponto onde a mata parece se abrir para dar espaço e destaque para um grande espetáculo da natureza que é a cachoeira Santa Bárbara.


Primeira visão da Cachoeira de Santa Bárbara

Uma queda de trinta metros de água cristalina em um poço iluminado pelo Sol, com uma variação de tons de verde poucas vezes vista, um espetáculo multicolorido no meio da mata.


Cachoeira de Santa Bárbara

Depois da longa caminhada sob sol forte, a visão da cachoeira e de suas águas de cores hipnotizantes, é como um convite para um banho relaxante e merecido.


Dentro da Cachoeira

O que:
TREKKING
Trekking para a Cachoeira Santa Bárbara.
Onde fazer:
Em Cavalcante - GO
Como ir:
Operadora Suçuarana - www.sucuarana.com.br
Onde dormir:
Pousada Vale das Araras - www.valedasararas.com.br

Onde dormir:
Pousada Camelot - www.pousadacamelot.com.br
ofissional - www.viacolor.com.br

Tirolesa em Cambará - RS

Originada na cidade de Tirol - Áustria, a Tirolesa consiste em um cabo aéreo ancorado horizontalmente entre dois pontos, pelo qual o aventureiro se desloca através de roldanas, conectadas por mosquetões a uma cadeirinha de alpinismo. Tal atividade permite ao praticante a emoção de voar por vales, contemplando as mais belas paisagens.
A Tirolesa, sem dúvida, é a atividade mais gostosa e emocionante dentre os esportes de aventura. Ela não exige esforço físico do praticante, permitindo-o sentir a adrenalina de flutuar apreciando a natureza por um ângulo diferente.
A segurança é um ponto fundamental nos esportes de aventura. Nessa atividade, é dada uma atenção especial aos cabos de aço dispostos lado a lado, um sendo usado para a segurança. Alem disso, é indispensável o uso do capacete, cadeirinha, mosquetões, rede de proteção...
A Mala e Cuia Eco-Aventura oferece duas tirolesas. Uma possui 200m, permitindo o alcance de uma velocidade rápida, passando por cima de um lago, o que dá um charme a mais nesta aventura. A outra, de 450m, é mais lenta e especial para contemplação da mata, em um trajeto que cruza araucárias imensas. Além do mais, a trilha ecológica é um capitulo a parte, com um visual impressionante em meio à natureza dos altos da serra.
Depois de se aventurar e gastar energias, nada melhor do que continuar curtindo este visual no excelente e aconchegante bistrô. Lá é possível fazer uma refeição especial e apreciar o por do sol nos aparatos da serra. Para aproveitar ainda mais a imagem, as paredes do bistrô foram feitas todas de vidro, o que deixa a paisagem sempre a vista.
Para quem deseja passar mais de um dia apreciando a paisagem dos cânions, a opção para descansar é a pousada Paradouro da Fortaleza. Ela possui chalés perfeitos para acabar com o estresse da vida agitada, ou então proporcionar uma noite romântica em volta da lareira. O diferencial é exatamente a ausência de energia elétrica, que deixa as pessoas mais próximas para conversar ou se aquecer. O paradouro oferece uma ótima refeição, e é possível agendar passeios a cavalo. É só falar com o Alexandro ou com o Eduardo que eles providenciam tudo para o nosso conforto e tranqüilidade.
O que: Tirolesa.
Onde fazer: Cambará do Sul - RS.
Como ir: Mala e Cuia Eco-Aventura - www.malaecuia.com.br/ecoaventura.htm
Onde dormir: Paradouro da Fortaleza - www.paradourodafortaleza.com.br
Apoio: Viacolor - Laboratório Fotográfico Profissional - www.viacolor.com.br

Aprendendo a surfar em Torres - RS

Estocolmo, Olimpíadas de 1912, o havaiano Duke Kahanamoku vence a prova de 100m livres na natação, quebrando o recorde mundial. E com isso fez o mundo conhecer o arquipélago do Hawai e também um esporte muito praticado por ele e seus conterrâneos: o Surf.
Duke é até hoje reconhecido domo o "pai do surf moderno" e deu uma das melhores definições do esporte. Para ele o surf era como cavalgar sobre as ondas.


Novos adeptos do surf.

No Brasil as primeiras pranchas começaram a surgir no final dos anos 30, mas a primeira fábrica só apareceu em 1965 no Rio de Janeiro, a São Conrado Surfboard. E a partir de 1970 houve a explosão do esporte coma multiplicação de shapers, a "onda" era produzir a própria prancha.
Hoje em dia é um dos esportes radicais mais difundidos e Torres é uma das praias preferidas do surfista gaúcho. Escrever ou falar sobre cut backs e floaters nos molhes ou na Cal seria "chover no molhado". No entanto mostrar o início ou como se tornar um andarilho no caminho da felicidade é outro papo.


O início

Felipe Raupp, criador da primeira escola de surf da região de Torres convidou nossa equipe para conhecer o seu trabalho, e escolheu muito bem, pois dois membros da equipe nunca tinham subido em uma prancha, e se não fosse por essa oportunidade talvez nunca experimentassem a sensação maravilhosa de deslizar sobre as ondas.
Aquecimento é o primeiro passo, e enquanto nos alongávamos Felipe desenhou um caminho na areia que ia até o mar e disse que depois da aula entenderíamos porque aquela marcação era chamada de "Caminho da Felicidade".


Aquecimento é importante.

Exercícios básicos, repetições necessárias, para aprender a subir na prancha. Remada, ergue o corpo, salta , ajeita os pés, os joelhos, enquadra o corpo, se equilibra e pronto, já estamos surfando.


Exercícios básicos.

Fácil? Na teoria sim; mas na prática nem tanto. Ao entrar no mar e tentar pegar as primeiras ondas entendemos que perseverança é uma qualidade fundamental para o surfista. Afinal alcançar a felicidade não é moleza.


Moleza? Que nada.

Uma onda, remada, o corpo, saltar, ajeitar os pés..., não dá tempo. Outra onda, tudo de novo, e outra, e outra, até conseguir........ UHUHUUU!!!!! A experiência é fantástica!!!
A alegria de Felipe é maior que a nossa, ele vibra como se fosse a primeira vez que visse essa cena. Talvez pelo dever cumprido, talvez por conseguir mais adeptos ou quem sabe por difundir a idéia de um jeito diferente de viver. De viver no caminho da felicidade.


A primeira vez a gente não esquece.

A sensação é ótima, é fabuloso estar em pé sobre as ondas (mesmo que sejam pequenas) e deslizar; ou como diria Duke Kahanamoku, cavalgar sobre elas, domar o gigantesco mar e a sua força. Realmente o Felipe alcançou o seu objetivo, criar em nós o desejo de seguir aprendendo a prática do surf, buscando um jeito mais "feliz" de estar em harmonia com o meio ambiente.


Valeu Felipe!

Afinal as coisas podem ser diferentes e o esporte é uma via para uma vida mais saudável e de conscientização. O caminho da felicidade passa por uma boa prática de vida, com o esporte e em contato com a natureza. O surf é a prova disso.

O que: Surf
Onde fazer: Torres - RS.
Quem ensina: Escola de Surf Felipe Raupp - www.frsurf.com.br
Apoio: Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul
Secretaria de Turismo de Torres
Gaia Agência de Viagens e Turismo Ltda - gaiaturismo@terra.com.br
Viacolor - Laboratório Fotográfico Profissional - www.viacolor.com.br
Auto Posto São João Ltda - BR 101 KM 02 - nº 1510 - Vila São João - Torres - RS