Dia 7 - COB

Ontem um pouco antes de irmos para a pousada resolvemos passar na Dive Bonito para averiguar se o Nascimento não poderia nos indicar alguma maneira de chegarmos a Campo Grande. E para a nossa surpresa e gratidão ele rapidamente conseguiu espaço em uma van que partiu de Bonito as 07:00.
Em Brasília já conseguimos um veículo que nos levará a Alto Paraíso e Cavalcante também já providenciamos as passagens de avião (infelizmente) para Porto Alegre. Só nos resta resolver como faremos o trecho entre o Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.
A Clara passou a noite na pousada e foi embora hoje, quando saímos de Bonito passamos por ela na estrada. Os motivos que fizeram com que ela desistisse do projeto são de ordem pessoal e ele preferiu não escrever sobre o que a fez tomar tal decisão.
Saímos no horário marcado de Bonito e chegamos em Campo Grande por volta do meio-dia, éramos esperados para almoçar por Ari, um amigo nosso de outras viagens passadas.
A van nos deixou no aeroporto e lá mesmo tentamos conseguir um carro e um motorista que nos levasse até Brasília. O Elton, taxista de Bonito, estava esperando dois passageiros no aeroporto e nos indicou uma pessoa que poderia nos levar. Acertamos tudo e fomos para a casa do Ari almoçar.
Pedimos um táxi e quando o motorista fechou o porta-malas, o alarme disparou e por 10 quilômetros seguiu tocando na avenida Afonso Pena até a casa do Ari. Lá fomos recebidos com um belíssimo churrasco e um verdadeiro almoço em família. A harmonia e a sintonia entre Ari, Odila, Ana Carolina e Gustavo demonstradas para nós foi como um presente. Foi como uma dádiva, foi a prova concreta de que a energia positiva nos leva a seguir em frente.
Realmente era algo do que precisávamos, um abraço acolhedor de amigos para acalentar os nossos corações. Enquanto estávamos almoçando nos chamou a atenção às nuvens de chuva que criaram um arco-íris divino que terminava na direção de Goiás. Será que o pote de ouro estará em Alto Paraíso?
Depois Ari nos deu carona para o aeroporto para acertarmos o aluguel do veículo. Para a nossa surpresa quando ligamos para o motorista que iria nos levar ele cancelou o acordo. Isso nos deixou preocupados e começamos a buscar alternativas. Ligamos para a rodoviária, falamos com taxistas, com companhias aéreas e já estávamos perdendo as esperanças quando uma menina que trabalha na BRA apareceu e abriu o seu guichê. Vanessa era o seu nome e foi ela quem conseguiu as passagens aéreas mais baratas para nós três.
Resumindo a história, saímos de Campo Grande as 11:25 e chegamos em São Paulo as 13:53 e embarcamos para Brasília as 16:55 e a hora da chegada é as 19:45.
Após o acerto ficamos muito contentes e começamos a brincar e rir muito até nos lembrarmos que não tínhamos onde dormir. E não é que a sorte nos sorriu de novo. Dois caras que estavam no guichê da BRA ofereceram uma carona para um hotel que fosse barato. Alessandro Abreu e Edvaldo Júnior olharam as nossas tralhas, se compadeceram e resolveram nos ajudar. Pensei eu que eles estivessem com uma caminhonete e para o meu espanto, eles apareceram com um fiesta.
Para colocar todas as coisas no carro foi um parto. Tivemos que tirar a tampa traseira e colocar acima das nossas cabeças e algumas mochilas no colo. O fiesta ficou parecendo uma lata de sardinha. Coisa horrorosa.
Enfim chegamos ao hotel e nos instalamos. Como diz o André e os nativos de Bonito: “Estamos no maior perrengue, mas tá di boa.”.
Na verdade as coisas não saíram como imaginávamos, porém estamos fazendo o possível e descobrimos que a vida apresenta sempre múltiplas escolhas para se chegar ao mesmo objetivo. Essa consciência nos dá uma grande perspectiva para o próximo dia.

Agora as últimas considerações:
Bonito é tudo isso que experimentamos e muito mais, lugar de pessoas simpáticas, acolhedoras e acima de tudo sinceras. Em todos os lugares que estivemos fomos muito bem recebidos e a hospitalidade do povo daqui nos fez sentir que estávamos em casa.
Um agradecimento especial para a Atratur que com a sua estrutura nos possibilitou toda essa vivência (valeu Janaína), para a Pousada Águas de Bonito e a todos seus funcionários que nos deram o conforto necessário para a produção do diário e para a Dive Bonito que nos ensinou como conseguir amigos além de parceiros (um grande abraço Nascimento e Allan).
A equipe do Ecojonada agradece também a:
Leandro, Herculano (rio Sucuri);
Rubens, Mauro e Walter (Circuito Arvorismo);
Valdenir (Balneário do Sol);
Seu Nezinho e Elton (taxistas);
Dr. Adílio e Fernando (IBAMA);
Henrique (Projeto Jibóia);
Elias (Boca da Onça);
Darley (Estância Mimosa);
Trinity (Buraco das Araras e Rio Prata);
Equipe do Abismo Anhumas;
César (da van).
Por Diego Beck




Dica do dia: Como não poderia deixar de ser, a dica de hoje é: Vá conhecer Bonito o quanto antes.



Mais informações sobre os atrativos de Bonito: www.atratur.com.br
Pousada Águas de Bonito: www.aguasdebonito.com.br

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