Dia 6 - COB

A noite passada tivemos a notícia de que a Clara não seguiria mais com a gente, por motivos que ela mesmo explicará. Isso nos deixou um pouco chateados, mas respeitamos o desejo dela. O problema agora se tornou o transporte até Alto Paraíso e para Cavalcante; ainda não sabemos como vamos fazer, mas já estamos nos agilizando para prosseguir com o roteiro.
Terminamos de enviar as fotos e a matéria para o site as 04:00 da manhã e acordamos para as atividades de hoje as 05:30, e todos estávamos meio acabados. A sorte foi que o caminho até o Buraco das Araras era longo e pudemos dar uma sonequinha no táxi e aí melhorou um pouco.
O Buraco das Araras é uma antiga caverna formada por lençol freático e que o teto desabou por não sustentar o próprio peso. A esse tipo de formação dá-se o nome de dolina. O lugar reúne muitas características que atraem as araras-vermelhas para a sua volta e já foram observadas quase 50 araras ao mesmo tempo.
Quando o Sol aparece e o calor aumenta elas mergulham no interior do buraco para ficar em uma área mais fresca. A parte de dentro forma um ecosistema único e fechado com um pequeno lago, alguns répteis e uma vegetação bem particular. Antigamente havia a atividade de rapel mas a parede de arenito estava sendo prejudicada e o esporte foi cancelado e ninguém mais desceu até o solo no interior da dolina.
O Buraco das Araras é a maior dolina em circunferência do mundo e a segunda em profundidade; e o mundo isolado no seu interior é um atrativo a mais a ser observado. Porém o que impressiona mesmo é a quantidade araras que sobrevoam as nossas cabeças e adentram o buraco.
Em dado momento mais de dez araras pousaram em uma árvore e ficaram a nossa disposição para a seção de fotos. É realmente muito bonito assistir o contraste do vermelho e do azul entre o verde da mata. Normalmente vemos uma ou duas araras em algum lugar e já ficamos abismados, mas a emoção é realmente muito forte quando assistimos a beleza de muitas delas ao ar livre.
As 11:00 estava marcado o nosso almoço no Recanto Ecológico Rio da Prata e depois uma flutuação seguida de mergulho autônomo. Decidimos almoçar depois das atividades pois conseguiram para nós um horário mais tranqüilo em que poderíamos ficar mais tempo na flutuação.
Tivemos que caminhar por uma trilha de mais ou menos 2 quilômetros no meio da mata até chegar a nascente onde começaríamos a flutuação. Ali sem dúvida é o melhor local para a visualização das diversas espécies de peixes do rio. Confesso que cheguei a pensar que seria mais uma flutuação mas me enganei por completo. A incidência de luz sobre o local cria uma variação de cores diferente dos outros pontos de flutuação da cidade.
Ficamos na nascente um bom tempo observando as Piraputangas, os Curimbatás, os Dourados, os Pacus, os Canivetes e outros tantos de um tamanho maior que os vistos em outras oportunidades.
Depois que começamos o trajeto do rio percebemos que a correnteza era um pouco mais forte do que as que tínhamos experimentado e a adrenalina começou a subir. O terreno acidentado, cheio de troncos e desníveis aumentava a emoção de tal maneira que sentíamos numa corrida. Em uma curva dor rio a correnteza foi tão forte que éramos jogados para o lado esquerdo do leito do rio em uma velocidade tão acelerada que era complicado parar e voltar a flutuar normalmente.
No final do trecho de flutuação o Allan da Dive Bonito nos esperava com dois equipamentos para o mergulho autônomo. Nesse ponto eu passei a vez ao André, pois eu estava muito cansado e com o corpo um pouco dolorido e por isso achei melhor fazer as fotos de cima enquanto ele e o Germano mergulhavam.
Após mais uma hora na água terminamos as atividades e finalmente fomos almoçar. Ao subir no caminhão começou cair a maior chuva para completar o ciclo da água e lavar a alma.
Foi como um elixir para nos ajudar as questões que estavam por vir, e a principal delas era como chegar a Alto Paraíso sem carro.

Por Diego Beck








Dica do dia: Se você vai fazer uma flutuação não deixe de levar uma câmera digital sub-aquática. Fale com o Ronaldo da Pant Tour.
Rua Senador Filinto Muller, 578
F.: (67) 32551000//32553535.



Mais informações sobre os atrativos de Bonito: www.atratur.com.br
Pousada Águas de Bonito: www.aguasdebonito.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário