Dia 16 - COB

28 de Março de 2006


Recompensa
O dia começou cedo hoje, marcamos com o Cleiton e a Celma, nossa guia no dia de hoje, as 08:00 na Internet do Mercado Justo para que pudéssemos atualizar o site antes de partirmos para cumprir o nosso roteiro.
Depois de ajeitar as coisas fomos no carro da Suçuarana em direção ao povoado do Engenho da Comunidade Kalunga. Cerca de 25 Km da cidade.
Os Kalunga são afrodescendentes e remanescentes de sociedades quilombolas da época do garimpo em Cavalcante com uma população de quase quatro mil habitantes, ou seja, mais ou menos metade do município.
Enquanto íamos pela estrada observamos a esquerda na Serra da Nova Aurora a figura de um rosto deitado com a testa, o nariz, a boca e o queixo. Os paredões são muito bonitos e impressionantes.
Cleiton aproveitou o tempo para esclarecer que a área do município compreende quatro vãos, o do Rio Claro, o do Moleque, o das Almas e de Cavalcante propriamente dito. Nos vãos das Almas e do Moleque estão os povoados Kalunga mais característicos e que o Engenho já é um pouco descaracterizado devido à distância muito próxima da cidade.
Já dentro do território Kalunga andamos de carro um bom trecho e depois caminhamos cinco quilômetros até a cachoeira Santa Bárbara. Os últimos metros são dento de uma mata fechada e num primeiro momento avistamos um pequeno poço com uma água verde-esmeralda de cair o queixo.
Seguimos pela trilha até um ponto onde a mata parece se abrir para o grande espetáculo da natureza que é a cachoeira Santa Bárbara. Uma queda de trinta metros em cima de um poço cristalino e com uma variação de tons de verde que eu nunca tinha visto. Um verdadeiro paraíso no meio da mata. Um banho relaxante e merecido depois de uma caminhada no Sol.
Após essa maravilha o Cleiton e a Celma nos levaram a cachoeira Capivara Um, que possui uma trilha de pedras até chegar a um poço lindo.
Nesse poço além do rio Capivara, deságua um outro rio chamado de Tiririca com uma água mais escura devido ao óxido de ferro. Essas duas quedas de água formam uma visão única do lugar.
Ali eu estava sentado admirando a cachoeira até que o cansaço me pegou e fui obrigado a dormir um pouco escorado nas pedras.
Com aquele barulho tão relaxante e a fadiga acumulada de vários dias não foi difícil seguir para o mundo de Morfeu.
Depois que eu retornei do mundo onírico resolvemos ir embora para dar tempo de observar a outra cachoeira. Voltamos de carro novamente até uma outra trilha que nos levou até a cachoeira Ave Maria.
Quando chegamos ao penhasco demos de cara com essa cachoeira que faz jus ao nome. São aproximadamente 110 metros de altura por onde uma água transparente desce por uma parede dourada até onde a nossa visão alcança.
É simplesmente fantástica a forma dessa cachoeira.
Quando voltamos à cidade fomos procurar um lugar para comer. A Celma sugeriu o restaurante Sol da Chapada, e para lá nos fomos.
Só posso dizer que a comida estava maravilhosa e que a minha felicidade foi automática depois que comi a sobremesa.
Agora no final do dia percebo que o desgaste físico de hoje foi muito grande, mas vou dormir tranqüilo por ser agraciado com a possibilidade de me entregar ao sono ao lado de uma belíssima cachoeira. E, além disso, ser presenteado cm sonhos maravilhosos e acalentadores.

Por Diego Beck


Dica do dia: Almoço de primeira e clima amigável você encontra no restaurante Sol da Chapada. Rua João Guilhermino Magalhães, quadra 02, lote 18, Centro, Cavalcante – Goiás.
Grelhados, massas, sanduíches e caldos.
É só procurar pelo Marcelo ou pela Mônica.

Mais informações sobre os atrativos de Cavalcante: www.sucuarana.com.br
Pousada Vale das Araras: www.valedasararas.com.br

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